Painel de Descentralização & Economia de Compartilhamento — Evento TechLeap

Alain Max Banfi
Tech leap
Published in
5 min readJul 21, 2016

Intro: Para quem não conhece a TechLeap, trazemos uma nova abordagem na identificação de projetos promissores. Ao invés de apoiar ou incubar novas ideias, nós testamos estas ideias intensamente “na largada” com múltiplos stakeholders do mercado, que se juntam para avaliar, evoluir e prototipar a ideia usando o design sprint e outras metodologias de trabalho conjunto.

Há um expressão nutricionismo que diz “você é o que você come”; em processo criativos também, para que o processo tenha êxito, os inputs iniciais devem nutrir os participantes de informações não apenas sobre o negócio, mas sobre as tecnologias disponíveis, sobre a necessidade do ecossistema e dos consumidores, empoderados agora por novas ferramentas digitais. Deve, ademais, motivar os participantes com casos reais de soluções construídas já em cima desta nova visão de mundo e novas tecnologias, com a presença de especialistas e influenciadores e, é claro, o apoio da comunidade inovadora como um todo.

Para isso, a primeira metade dos workshops da TechLeap é “alimentada” por palestras e painéis de verdadeiros líderes em tecnologia e inovação, à frente de iniciativas de impacto que trazem em seu conjunto o aumento em conectividade, informação, acesso a serviços financeiro, capacitação e o consequente empoderamento do consumidor e liquidez da economia.

Estamos honrados e super animados com a participação de nossos palestrantes, que formarão três painéis de acordo com os três pilares de nosso próximo evento, realizado em parceria com a NIC.br e W3C: “Meio de Pagamento e Interoperabilidade”, “Descentralização” e “Educação Financeira e Empreendedorismo”.

Apresentaremos aqui os palestrantes de nosso painel de Descentralização e, nos posts seguintes, dos demais painéis.

Sobre a Descentralização: Houve historicamente sempre um grupo seleto de indivíduos que concentravam e “filtravam” o processo decisório de investimento em novas ideias — queira em tempo, recursos ou capital — das obras primas, como as de Leonardo da Vinci financiadas pelos Médicis, às grandes construções e até o acesso a credito para começar pequenas empresas e iniciativas, que passavam por investidores ou instituições financeiras, muitas vezes com altíssimas taxas. Agora pela primeira vez na história, com as possibilidade abertas pela tecnologia, iniciativas como o crowdfunding, moedas sociais, blockchain e organizações em rede, estão democratizando o processo de decisão de investimento, e a população consegue essencialmente levantar verba de si mesma, apoiar, gerenciar e promover a si mesma, contornando organizações e governos que deixam de ser agora os únicos retentores destas decisões. Segue aqui quatro feras do mercado, à frente de iniciativas intrigantes e revolucionárias em sua natureza descentralizador

Thiago Vinícius — “A Galera sempre falou que nós era pobre porque não tinha dinheiro, então fizemos um dinheiro”. Simples. Se o mundo todo pensasse com a postura e pro-atividade de Thiago Vinícius, haveriam muito mais sonhos e ideias se tornando realidade. Enquanto muitos com bem mais oportunidades reclamam dos fatores externos que impedem seu sucesso, este empreendedor do Campo Limpo fundou um banco em seu bairro.

O Banco Comunitário União Sampaio usa moeda própria para estimular a economia do Campo Limpo. Oferecem financiamento a uma fração dos juros de instituições financeiras tradicionais, possibilitando o acesso a crédito de pequenos empreendedores do bairro, que não tem capacidade de arcar com os juros do mercado. Organizam e financiam ainda eventos e projetos culturais, e criaram duas moedas sociais, o Solano, lastreado no serviço, e o Sampaio, lastreado no Real, que emprestam sem juros. Já movimentaram mais de um milhão de reais na comunidade com os empréstimos feitos.

Viviane Sedoula Mãe, onde dormem as crianças de rua? E quando chove, como elas fazem? Quem cuida delas? E era comum eu chorar até adormecer pensando na triste realidade de crianças que nāo tinham o mesmo conforto que eu.” Assim começa, em toda a honestidade, uma campanha de Viviane Sedoula direcionada a arrecadar fundos para ajudar as crianças. Não para por aí. Esta pequena menina cresceu para se tornar co-fundadora da Kikante, uma das maiores organizações de crowdfunding do Brasil com mais de 17.000 campanhas lançadas e mais de R$ 20 milhões em colaborações. O time da Kikante se descreve como “apaixonados pela cultura, causas sociais e empreendedorismo” e tem como objetivo colaborar e conhecer pessoas com propostas interessantes para o público e vê-los “crescendo e mudando a cara do Brasil!”.

Viviane é especialista em Crowdfunding com mais de 10 anos de experiência com marketing e vendas, e esta em casa nos ambientes acelerados e dinâmicos de startups. Hoje faz entrevistas e palestras sobre crowdfunding, ajudando a promover o financiamento colaborativo, tão importante para que novos sonhos ganhem vida, e mais crianças ganhem oportunidades!

Oswaldo Oliveira: Na medida em que produtos e serviços são digitalizado e entregues via rede passam a ter distribuição e conexão instantânea à custo zero, uma abundância que traz novas regras de mercado, de demanda e oferta, promoção, escalabilidade, canais e formatos de entrega e de conexão direta entre participantes. Este ambiente em rede, requer um novo mindset, um de inteligência sistêmica, colaboração e complementariedade, de criatividade e agilidade; bem vindo ao mundo do empreendedorismo em rede.

Economista, pioneiro e autoridade em empreendedorismo de rede, Oswaldo Oliveira ajudou a montar o sistema da BM&F, foi trader internacional de commodities baseado em Chicago, trabalhou ao lado do Nicholas Negroponte, Co-fundador do MIT Media Labs, com sua fundação OLPC (One Laptop per Child) antes de desenvolver o workshop EMpREenDErSE, o centro colaborativo auto-gerenciado da Laboriosa 89, a Empresa Teia e, agora, a Criptotransfer, uma das primeiras organizações verdadeiramente descentralizadas que esta criando um ecossistema de blockchain para a emissão e transação de criptomoedas e aprendizado conjunto dos colaboradores. Esta também trazendo para o Brasil o Livro The Blockchain Revolution escrito por Don Tapscott, amigo pessoal de Oswaldo.

Felipe Caruso: Felipe é descrito como missionário do coletivismo no Brasil e, como disse o pessoal da sociagoodbrasil, é um “jornalista com doses de poesia, ceticismo e pragmatismo”, e quem ler seus artigos logo entenderá o porque. Promover este novo formado de levantamento de capital esta claramente integrado em sua missão de vida.

Formado em Jornalismo e especialista em crowdfunding. Felipe passou 3 anos coordenando a comunicação do Catarse, a maior plataforma de financiamento coletivo do Brasil. Já foi também trainee e repórter da Folha de São Paulo por 3 anos, gerente de relações públicas da TIM e da Rio + 20. Hoje atua como consultor para campanhas de crowdfunding, ensina cursos sobre o assunto e é o criador e da publicação Crowdfunding Brasil, onde faz um trabalho excelente de levantar e relatar informações e novidades do mercado.

Faça sua inscrição e venha participar da criação de novos projetos!

Veja novo post sobre o painel de Educação Financeira e Empreendedorismo

Veja o site do evento com as organizações mentoras, palestrantes e jurados

Conheça a TechLeap: http://techleap.com.br/

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Alain Max Banfi
Tech leap

Understanding transformations brought about by disruptive technologies and the changes these require in our skill sets, our mindset and our underlying worldview