Alinhamento, essencial para o crescimento
Quem nunca passou por problemas de alinhamento? Quem nunca viu times dentro da empresa tendo uma sensação de descontrole, insatisfeitos por não saberem como estão contribuindo com a empresa? E, quando pensamos em empresas que estão em franco crescimento, esse cenário é ainda mais comum.
Trabalhamos aqui na Quero para que a empresa continue tendo resultados para atingir seu objetivo final. Acredito que tudo isso só tem se tornado possível por um ingrediente essencial, o alinhamento. Nos organizamos para garantir que todos da empresa estejam olhando para o mesmo lugar e que essas sensações de descontrole e insatisfação acabem.
Ressaltamos o potencial oculto dos OKRs como uma das principais ferramentas de alinhamento. Transformando este alinhamento em algo cultural dentro da Quero, acabamos por minimizar algumas dores comuns do crescimento da empresa.
Antes de começar, vou separar alguns links sobre o que são OKRs, em caso de dúvidas:
Definindo nossos objetivos
O primeiro passo é definir os objetivos da sua empresa, sem deixar de associá-los à definição do nosso “porquê”. Parafraseando John Doer, quem implementou as OKRs no Google,
“Equipes transformadoras mesclam suas ambições com suas paixões e motivações, e desenvolvem um senso de propósito claro e convincente.”
Esse “porquê” funciona como motivador e é o estopim para nossos próximos passos.
No momento em que o propósito está claro, olhamos para o que queremos atingir e como faremos isso. Pensando na visão global da empresa, o OKR é utilizado para garantir que seu propósito seja atingido, e todos ajudam a garantir isso, olhando para o objetivo e como atingi-lo.
A partir da definição dessa visão da empresa e das informações de mercado, começamos um processo em cascata. No caso de um time de produto, olhamos para a vertical da qual fazemos parte e definimos os objetivos do time, que estão diretamente conectados aos objetivos da vertical.
Sinergia entre as esferas da empresa
Quando olhamos para os objetivos separadamente, não percebemos que por trás deles existe a seguinte mágica: todos eles olham na mesma direção. Isso acontece por causa do processo em cascata — calma, não estamos reinventando a roda, já que OKRs já trazem esse conceito. Porém, esse é o princípio de todo o nosso processo de alinhamento.
Alinhamento como premissa
No momento em que percebemos esse poder de alinhamento dos OKRs, começamos a pensar primeiro sobre alinhamento e, depois, sobre como isso tem relação com o que estamos fazendo.
E hoje, alinhamento consiste em alguns pilares essenciais:
Transparência
Engajamento
Acompanhamento
Transparência
“A falta de transparência resulta em desconfiança e um profundo sentimento de insegurança” (Dalai Lama)
Apesar de todos os pontos aqui serem muito importantes, a transparência é essencial pois funciona como alicerce dos outros pilares. A percepção da necessidade da transparência costuma aparecer pequena no início. Porém, caso haja falta de transparência por muito tempo, pode se transformar em uma insegurança geral, a qual bloqueia grandes crescimentos.
Trabalhamos duro para deixar bem claro para onde estamos indo, fazendo questão de que todos saibam o caminho que percorreremos e tenham isso muito claro.
Quando estamos olhando de maneira macro para a empresa, seus objetivos, métricas e resultados devem refletir e estarem conectados com o nosso propósito. Essa clareza no propósito, por sua vez, serve como a ferramenta mais valiosa para garantir que todos continuem engajados com o que está sendo construído. Mas agora, pensando no micro, como continuar esse movimento?
Engajamento
Algumas vezes Marty Cagan, referência em produto, disse:
“Existe um pequeno segredo em produto. A maior fonte de inovação são os engenheiros. E trabalhando desse jeito (só como fonte de desenvolvimento), você está utilizando menos da metade do valor deles.”
Apesar da frase parecer “contraintuitiva” (já que desenvolvedores são caros e são especialistas), ela faz muito sentido para mim por dois motivos:
- O seu time (desenvolvedores, designers, etc.) está em contato com um mundo e pode te apoiar muito falando sobre coisas novas que descobrem, insights, dando seus pontos de vista e contribuindo com a definição do que pode ser/será feito.
- Quando você constrói algo em conjunto, as pessoas tendem a acreditar muito mais no que está sendo feito, por estarem de acordo. Se a definição não fosse compartilhada, além de não ter o primeiro benefício, você ainda teria de “vender” cada decisão tomada. Isso diminui bastante a chance de todos estarem apostando as fichas nas mesmas definições. Além disso, pode soar pouco transparente.
Acompanhamento
Como terceiro pilar, e toque final, para garantir o engajamento de maneira recorrente, devemos trabalhar em duas frentes:
1) Exposição das métricas, resultados e entregas de cenários
2) Acompanhamento e alinhamento do andamento dos resultados e cenários
As métricas da empresa, das verticais de ensino e de todos os times estão expostas para todos. Essas métricas são expostas em diversos formatos e em muitos lugares. Além disso, temos diversos rituais (alguns quinzenais, outros mensais, outros trimestrais e por aí vai), para refletir a respeito das nossas conquistas e falar sobre o futuro.
Sendo precursor de todo esse alinhamento, o time de produto começou com o que chamamos de planilha de cenários. Essa planilha traz os objetivos e métricas e outcomes para atingir esses objetivos e é nela que nos baseamos para garantir o alinhamento, tanto com os stakeholders/áreas estratégicas, quanto para os nossos times no dia a dia, da seguinte maneira:
- Fazemos acompanhamentos com os stakeholders no curto prazo e alinhamentos trimestrais para garantir a direção (todo time também participa desse alinhamento)
- Nós extrapolamos as nossas planilhas e “linkamos” as tarefas que os times precisam trabalhar a cada cenário, para que todos saibam como estamos contribuindo com os nossos objetivos.
Nós percebemos que esses métodos fazem com que a empresa esteja engajada com um sentimento de pertencimento e podendo impactar realmente algo muito maior.
Veja aqui um exemplo de planilha.
Quem já está inserido nesse modelo na Quero?
A Quero já usa OKRs há bastante tempo como método de definição de objetivo e acompanhamento de resultado. Esse processo começou com o time de produto e, depois de um tempo, começou a ser adotado por stakeholders mais próximos de produto. Hoje já é aplicado por diversas áreas da empresa.
Pensando nos objetivos declarados e expostos, na empresa os OKRs estão presentes nas seguintes esferas da empresa:
Visão global da empresa
Verticais de ensino
Tribos e squads de produto
A ampliação da aplicação do modelo de OKRs tem sido benéfica para garantir que a empresa continuará escalando de maneira sustentável. Explicarei como isso tem acontecido a seguir.
Nossas lições e caminho
Um dos pontos mais admiráveis das empresas que crescem muito é que elas estão sempre aprendendo e se transformando. Esse modelo que temos, é reflexo de algumas lições que aprendemos como, por exemplo:
- Os alinhamentos antigamente não aconteciam em tantas esferas. Isso acabava distanciando as pessoas dos objetivos;
- A transformação de um comportamento em cultura leva tempo e precisa de bastante empenho e às vezes uma estratégia de implementação gradual desse método pode ajudar;
- Não havia um padrão muito bom para definição dos cenários;
- Todos que participam dessa transformação precisam ter bastante apreço por uma boa comunicação.
Garantir que esse alinhamento aconteça de maneira transversal, se fazendo presente desde a definição dos objetivos até o seu acompanhamento recorrente, se mostrou essencial para garantir que continuemos no caminho do crescimento, com engajamento de todos que fazem parte da empresa.
Se você também trabalha em uma empresa em crescimento constante, sabe que o caminho é sempre se reinventar com os erros cometidos nessa evolução. Por aqui, a lição é continuar aprendendo, porém, sempre com o alinhamento como um grande aliado.
Quer trabalhar conosco? Conheça nossas vagas de Produto.