João Vitor: do código ao produto, da arquitetura ao céu sem limites
Aprendizados e autodesafios que transformaram o jovem desenvolvedor em um dos principais nomes na Engenharia da Quero Educação
Seis anos é bastante tempo para um profissional — seja qual for a área. Se for um jovem de 23 anos, esse tempo parece se multiplicar por três, principalmente se ele tiver a ambição e determinação de João Vitor Alves, um dos tech leads do Quero Pago. Mesmo tão jovem, acumula conquistas na sua história na Quero Educação. Ele cresceu e se desenvolveu ao lado de nossa startup e hoje é uma das maiores referências do time de tecnologia.
Tinha acabado de se formar no ensino médio quando conquistou o terceiro lugar em um hackathon do ITA e, assim, chamou a atenção de Bernardo de Pádua, fundador da Quero Educação. Não demorou até que compusesse a então pequena equipe de desenvolvedores, lá no início da história da empresa. “Entrei deslumbrado, já que os outros quatro programadores que encontrei aqui eram bastante experientes e competentes. Eu, que só havia programado de brincadeira, resolvi usar meu tempo livre para estudar e usar meus colegas como mentores”, lembra João Vitor.
Iniciou sua carreira como estagiário de desenvolvimento e SiteOps, quando o time de Engenharia ainda não possuía nenhum tipo de processo. João Vitor lembra que aprendeu muito com erros, já que, na época, as tarefas eram colocadas no ar, sem teste, nem avaliação nenhuma.
Hoje, seis anos depois, assume a liderança técnica de um importante squad e é um dos nomes mais ouvidos pelos corredores do setor de tecnologia da Quero Educação por seu crescimento constante e esforços na Engenharia. De sua boca, porém, escutamos várias histórias de autodesafios e de como não foi tão simples chegar em seu momento atual da carreira. Mas chegou — e a empresa agradece.
De seis em seis meses, uma nova revolução
A Quero Educação cresceu muito rápido e, segundo João, a cada seis meses ele enxergava uma empresa diferente, já que o cenário era totalmente diverso dos seis meses anteriores. As circunstâncias foram favoráveis para seu crescimento profissional e técnico.
“A cada virada de semestre, eu desafiava a mim mesmo com um novo projeto ou com alguma skill (soft ou hard) que tinha dificuldade na época”, conta João Vitor. Fez isso com o front-end, quando era forte em back-end. Tornou-se um dos melhores testers quando a empresa ainda não possuía cultura de testes. Aprendeu a ser um bom professor quando tinha dificuldades de ensinar. Até que, finalmente, se tornou um bom líder técnico, lugar onde não imaginava chegar quando chegou na empresa.
E reconhece que um dos maiores benefícios de aprendizado foi a autonomia que tinha na Quero. “Como eu cheguei quando a empresa estava dando seus primeiros passos, eu não tinha que ficar pedindo para ninguém para aplicar meus conhecimentos. Isso com certeza beneficiou a velocidade do meu aprendizado semestre a semestre”, reconhece.
João Vitor foi responsável pelo primeiro painel de SiteOps da empresa, pelas ferramentas do Estoque, um dos principais squads, pela Revista QB, pelo site do Quero Alunos, pela diminuição de tempo dos testes automatizados do Quero Bolsa (de 40 para 12 minutos) e também compôs o “dream team” (como é chamado pelo próprio João), fazendo parte do desenvolvimento de um dos produtos mais importantes — o Admissão Digital.
“Nesses seis anos, sempre busquei a maior nota da avaliação semestral, pois, enquanto não a conseguisse, saberia que tinha muito a aprender ainda”, conta João.
Engenharia e Produto, relacionamento intrínseco
Quando a Quero Educação chegou a ter dez desenvolvedores, os squads começaram a se formar. Algum tempo depois, a empresa viu novos caminhos para o Quero Bolsa como produto, a elaboração de novas features e, logo em seguida, novos produtos e novas verticais na empresa (como o Admissões e Pagamentos). João viveu essas transformações de perto e aprendeu a enxergar não só com olhos de programador.
“Eu vi que não estava desenvolvendo um produto apenas para o aluno. Ele deveria ser bom para a universidade, para a empresa e para nossos colaboradores (guias do aluno, B2B, etc). Passei a ver a necessidade de analisar o produto como um todo e não apenas pensar no código”,
João Vitor vê essa aproximação do desenvolvedor com o produto como algo natural na evolução profissional. E reconhece:
“Admito que hoje eu me preocupo muito mais com o que é o produto de fato do que com simplesmente codar. Não quero só jogar código para cima sem entender a sua importância para o usuário e para todos os stakeholders.”
Metas pessoais: qual é seu limite?
Ao longo da entrevista para este artigo, era notável a grande admiração por alguns nomes que estiveram ao lado de João Vitor desde que ele iniciou sua carreira profissional. Aproveitou cada ensinamento e cada desafio que propôs a si mesmo ao conviver com:
a gerente de produto empática às necessidades e aos olhares dos desenvolvedores; o desenvolvedor que participava de maratonas e ganhador de diversos prêmios; o mestre em front-end que entrou na empresa para mudar a cara do produto; o gerente de produto que confiou em seu time para desenvolver do zero um produto de grande importância para a empresa; o desenvolvedor sênior que o ensinou a ser professor, tester, influenciador e líder.
“Consigo entender que sou um aglomerado de toda a gente em quem me apoiei nesses últimos anos e, como consequência, hoje tento apoiar outras pessoas para que elas aprendam tudo que aprendi até agora. Quero influenciar pessoas a conseguirem atingir as minhas metas pessoais também”, conta João Vitor.
E, se lá atrás você se perguntou se ele conseguiu a nota máxima na avaliação, sim, claro que ele conseguiu. E hoje busca outros desafios: “Meu foco é ajudar a empresa, tentando criar soluções e processos globais, que funcionem para todos”, afirma. Ainda não se decidiu se sua próxima meta pessoal é a arquitetura ou o produto, porém, seu foco é continuar atingindo, por meio de liderança, pessoas com seu conhecimento, enquanto o céu ainda não é o limite.
Quer fazer parte do nosso time da Engenharia? Estamos com vagas abertas.