O quanto a greve dos caminhoneiros nos ensina sobre a dependência de combustíveis fósseis

E o quanto devemos incentivar outros tipos de tecnologias de mobilidade.

A recente greve dos caminhoneiros, iniciada na segunda-feira passada (21), demonstrou a força de uma categoria não tão reconhecida e os impactos que uma paralisação deste tipo pode acarretar no nosso cotidiano. A principal reivindicação: a diminuição do preso do diesel e da gasolina (que em alguns postos ultrapassou a faixa dos R$ 5,00).

No entanto, não somente isto é demonstrado pela greve. A atitude (muito corajosa, diga-se) escancarou para nós o tamanho da nossa dependência de combustíveis fósseis, visto que em algumas cidades os postos ficaram sem gasolina e o caos começava a se instalar, pois sem gasolina não há transporte público, ambulâncias, aviões decolando (neste caso, a ausência de querosene), viaturas policiais, etc. A ausência de um plano B no caso de uma completa escassez de combustíveis fósseis me deixou em certo ponto pensativo. Simplesmente ninguém pensou que o fato pudesse ocorrer.

Verdade é que já existem soluções no mercado que não dependem do combustível comum que compramos nos postos de gasolina, uma delas é o carro elétrico. Mais econômico e muito mais amigável ao planeta, o carro elétrico se mostra uma solução viável diante de um caos da gasolina no país. Adicionado a isso, temos o avanço do carro autônomo (ainda um pouco contestado por conta dos recentes acontecimentos) e carros movido à energia solar. Ora, poderemos utilizar a energia solar por pelo menos uns 7 bilhões de anos, até que este morra (se continuaremos vivos até lá ou não será uma incógnita).

Falta, porém, uma vontade maior dos governos (em escala mundial) em abandonarem cada vez mais os combustíveis fósseis e apoiarem o avanço de tecnologias sustentáveis de mobilidade. O futuro não tão distante poderá não ter carros voadores, mas deverá ter carros elétricos em sua maioria circulando pelas cidades, sendo estes autônomos ou não.