Estudo revela hostilidade da internet para indivíduos LGBTQ+
Apesar dos benefícios trazidos pelo advento da internet, este meio é um ambiente repleto de assédios e discursos de ódio, sendo ainda mais hostil para indivíduos LGBTQ, de acordo com um novo relatório da GLAAD.
Segundo o estudo da organização americana não governamental que luta pela aceitação de pessoas LGBTQ, 64% de lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros, travestis, transexuais e queers sofrem com assédios e discursos de ódio em suas redes sociais. A taxa, inclusive, é muito maior do que a reportada por outros grupos de identidade. 75% das ocorrências foram registradas no Facebook.
O alto índice de ataques contra pessoas LGBTQ pode ser explicado, em parte, pela taxa recorde de violência física contra transgêneros e pessoas não binárias (que não se identificam com os gêneros padronizados pela sociedade) registrada desde que a Campanha de Direitos Humanos passou a rastrear os fenômenos, em 2013.
Além de os casos de assédio e discursos de ódio online contra pessoas LGBTQ serem nocivos por si só, eles podem desencadear consequências inimagináveis na vida real: “Acho que existem linhas diretas para, infelizmente, suicídios de nossa comunidade”, afirmou Sarah Kate Ellis, presidente e CEO da GLAAD.
O relatório apontou ainda mudanças consideráveis feitas pelas redes sociais que auxiliam a comunidade LGBTQ, como o controle dos usuários sobre quem comenta em suas publicações, recurso disponível no Facebook e Twitter, que também lançou um recurso que detecta automaticamente respostas “maldosas” em sua plataforma. Ao identificar alguma publicação do gênero, o prompt da rede social pergunta “Quer revisar isso antes de tuitar?”.
Entretanto, a GLAAD acredita que as redes sociais podem adotar ações ainda mais eficazes, incluindo maior proteção dos usuários LGBTQ nas diretrizes da comunidade, otimização da moderação de conteúdo, redução do viés algorítmico, bem como aumento na contratação, inclusão e liderança LGBTQ nessas empresas.
Fonte:
Comunidade LGBTQ sofre com assédio e discursos de ódio — Olhar Digital