FAKES NEWS NA CIÊNCIA

Tarcísio Alves
TED/UNEB
Published in
2 min readMay 3, 2021

“As fake news na ciência” foram tema e título do primeiro evento do Ciclo ILP-FAPESP de Ciência e Inovação de 2019. Resultado de parceria entre o Instituto do Legislativo Paulista (ILP) e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), o debate foi coordenado pelo professor Carlos Américo Pacheco, diretor-presidente do Conselho Técnico-Administrativo (CTA) da Fundação e contou com a participação do jornalista Francisco Belda, a médica Helena Sato, a bióloga Natália Pastemark e o físico Peter Schulz.

A má informação, a desinformação e a informação falsificada assolam o mundo contemporâneo, dominado pelas mídias digitais, pelas redes sociais e pela circulação de notícias em escala global e em tempo real.

O território da ciência, supostamente protegido pelo apuro na realização das pesquisas e pelo rigor em sua difusão, não está imune. As fake news invadiram o noticiário científico em uma época em que hipóteses como a do movimento geocêntrico dos planetas ou a da criação de espécies biológicas imutáveis, refutadas por séculos de estudos criteriosos e bem fundamentados, voltaram a circular na web com sabor de novidade.

Analisando a fundo o fenômeno, que vai das reportagens malfeitas pela mídia sobre assuntos científicos, passando pelos erros grosseiros, mas inocentes, que circulam pela internet, até as notícias falsas deliberadamente fabricadas, Francisco Belda chegou ao que chamou de “notícias falsas profundas” (deep fake news). E citou, como exemplo, o caso no qual, por meio de um aplicativo sofisticado, foram colocadas falas falsas em um vídeo do ex-presidente norte-americano Barack Obama.

Diante da invasão do território da ciência pelas fake news, Pasternak ressaltou a importância de que as políticas públicas sejam baseadas em evidências científicas. “É dever do Estado garantir que o dinheiro que sai do bolso dos contribuintes seja usado com técnicas que tenham sua eficácia comprovada pela ciência”, disse a bióloga à Agência FAPESP. E acrescentou que, sem o recurso das evidências científicas, a sociedade corre o risco de que os parlamentares “passem a legislar baseados em ideologias e achismos”.

Link do artigo publicado no site Agência FAPESP pelo repórter José Tadeu Arantes: https://agencia.fapesp.br/fake-news-na-ciencia/30120/

Link do vídeo da reportagem: https://youtu.be/cPKJjea7jdQ

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