[BGS 2017] Dragon Ball Figthers Z prova que os animes estão vencendo

Ives Aguiar
Telejogo
Published in
4 min readOct 17, 2017

Frenético, empolgante, emocionante e de tirar o fôlego.

Dragon Ball Figthers Z pega emprestado os mesmos elogios que tornaram a série de Akira Toriyama tão respeitada e adorada. Não é só mais um jogo de luta com os mesmos personagens de sempre, mas um título que respeita o material original e mescla conceitos tradicionais do gênero que dá muito certo.

Logo nos primeiros minutos de uma partida é possível perceber que a Arc System Works (Guilty Gear, BlazBlue) trouxe para mesa anos de experiência trabalhando com o visual de desenhos japoneses com uma jogabilidade mais acessível, em contraste ao sistemas complexos que a tornou famosa.

Quem conhece o estúdio sabe que além de diversos comandos para cada personagem, não é muito fácil saber realizar combos precisamente. O que ela faz aqui é reduzir para o básico, utilizando a meia-lua como alicerce.

Pressionar as setas de uma forma que façam uma meia-lua, seja para frente ou para trás, juntamente com um botão de ataque fraco, médio, forte e um especial é o que fundamenta os golpes do jogo. O Kamehameha de Goku, por exemplo é meia-lua para frente + ataque especial, representando pelo X na versão de PlayStation 4. Dessa maneira, você introduz comando simples para aqueles que nunca encostaram em um jogo de luta, enquanto apresenta algo familiar para veteranos.

Introduzir algo acessível nesse gênero já é sinônimo de polêmica, tendo em vista que Marvel Vs Capcom Infinite não se deu bem indo por esse caminho, mas Figthers Z não deixa de ter uma camada de complexidade.

Ele se aproveita de conceitos da jogabilidade clássica de Marvel Vs Capcom, principalmente o segundo título da série, como a escolha de três personagens, os especiais de assistência, os combos envolvendo a troca e um golpe que força a troca de personagem. Não é nada novo, Skullgirls (Lab Zero Games) fez isso muito bem, criando uma nova propriedade intelectual utilizando os mesmos conceitos gerando algo direcionado mais ao público acostumado a jogar algo desse tipo.

O diferencial aqui é a utilização de elementos do anime em diversos aspectos do jogo, desde o visual até as suas habilidades. Você sente que está jogando um episódio de Dragon Ball, algo que os títulos recentes do Naruto Ultimate Ninja Storm também evocam devido a fidelidade da animação.

Se Asura Wrath’s foi a primeira chegada da salvação dos animes, aproveitando-se da estética e estrutura de uma série animada japonesa para criar uma narrativa única, Figthers Z é a fase dois do plano de dominação mundial, nos deixando criar momentos incríveis com algo que sempre esteve vivo em nosso imaginário.

As explosões, os golpes especiais, o teleporte, a velocidade nos ataques, porradaria desenfreada, tudo foi inserido para construir um bela carta de amor pelo o que DBZ representa ao gênero de porrada.

Além dos ataques famosos como Kamehameha, Makankosappo, Kienzan e Final Flash, é possível se teleportar pressionando os botões de ataque médio e forte. Assim, desviar de um ataque, teleportar, contra-atacar e emendar um especial não é só possível como é gostoso demais de ver.

Caso não seja experiente com jogos de luta, basta saber os comandos básicos que vai conseguir extrair a mesma diversão de alguém que sabe o que está fazendo. Como sou uma toupeira em qualquer coisa que requer um pouco de coordenação motora, aqueles singelos minutos no estande apertado da Sony foram bem divertidos. Com Trunks, Piccolo e Gohan, foi interessante entender a funcionalidade de cada um na peleja, sendo o garoto do futuro mais divertido de soltar uns golpe loco com espada.

Mesmo com pouco tempo para dá aquela testada, deu para senti a particularidade de alguns personagens. Trunks é ágil e fácil de manusear, você vai soltar vários Burning Attack e eventuais ataques de espada. Majin Buu e Cell por outro lado, senti um peso e um leve atraso nos golpes.

É um leve desvio dentro do sub-gênero de jogos de luta de anime, geralmente repletos de sistemas e mecânicas escondidas mas gera diversão com uma tremenda facilidade, não só pelos controles mas por utilizar personagens que todo mundo curte e possui uma camada de complexidade boa o suficiente para proporcionar ótimas partidas.

Dragon Ball FigtherZ sairá em Fevereiro de 2018 para PC, PlayStation 4 e Xbox One.

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