[E3 2018] Microsoft tá correndo atrás do prejuízo mas será tarde demais?

Mesmo com uma ótima apresentação, Xbox One ainda está atrás da concorrência

Ives Aguiar
Telejogo
3 min readJun 20, 2018

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Estamos na melhor época para se jogar jogos eletrônicos há no minimo dez anos mas não canso de ouvir Phil Spencer falar isso todos os anos.

Ele é o responsável por mudar a percepção que o público tem em relação a marca Xbox. É impressionante ver como as atitudes da Microsoft com sua divisão de games mudaram bastante desde o lançamento desastroso do Xbox One em 2013.

Começaram a focar em expandir além da produção de jogos, criaram um serviço por assinatura, continuam investindo no programa para trazer desenvolvedores independentes para sua plataforma e mesclaram muito bem a possibilidade de jogar entre Xbox e Windows.

O maior problema é que não existem motivos o suficiente para comprar um Xbox One/Xbox One X. Infelizmente seus exclusivos não são atrativos o suficiente, mas com a conferência da E3 essa noção pode mudar, só vai levar um tempinho.

Essa foi a apresentação mais impactante que a Microsoft mostrou, teve sustância e trouxe uma bela animação para os atuais jogadores de Xbox e aqueles que tem um PC parrudo.

Não só isso, a diversidade dentre os títulos mostrados é algo que não se vê em muito tempo. Sinceramente, é insano dar a mesma importância em uma apresentação para Tales Of Vesperia: Definitive Edition, Jump Force, Forza Horizon 4, Devil May Cry 5, Dying Light 2, Halo Infinite e Cyberpunk 2077.

Mesmo com a empolgação lá em cima, poucos desses são exclusivos e vão sair para outras plataformas. E os exclusivos são os mesmo de sempre, tirando o belíssimo Ori and the Will of the Wisps sempre tem aquela atenção para um Gears ou Forza mas dessa vez o inimigo agora é outro.

Phil Spencer mandou avisar que agora a Undead Labs (State Of Decay), Playground Games (Forza Horizon), Ninja Theory (Hellblade) e Compulsion Games (We Happy Few) fazem parte da família. Também anunciou a criação de um quinto estúdio, encabeçado por Darrell Gallagher conhecido pelo seu trabalho com Tomb Raider. Eles vão desenvolver os exclusivos que a marca Xbox precisa para se manter em pé, é a força necessária que eles precisam para gerar interesse para um novo público.

Isso gera um equilíbrio que a Microsoft estava precisando em muito tempo, as mudanças internas que fizeram nos últimos cinco anos deixam claro o quão estão focados na experiência de se jogar videogame. Só que as 70 milhões de unidades totais vendidas de PlayStation e as 14 milhões unidades vendidas de Switch em um ano, não ajudam bastante além de que a Microsoft parou de divulgar seus números recentemente. Parece que esse esforço demorou um pouco, embora signifique um belo futuro para seus consoles.

O que a conferência trouxe de mais interessante é só a lembrança de que videogames são animais. A gente tá ligado disso faz um tempo, Phil Spencer como líder da marca também ajuda bastante, mas suas ações para tentar correr atrás dos prejuízos podem ter chegado em um período complicado.

Não consigo dizer quando ouviremos mais detalhes sobre os títulos em desenvolvimento dos novos estúdios, resta saber se isso será necessário para dar uma cor nesse rosto pálido.

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