[E3 2018] Smash é legal mas e o resto?

Nintendo focou em um jogo bacana mas foi só isso mesmo

Ives Aguiar
Telejogo
3 min readJun 20, 2018

--

A maior verdade nunca dita em público é que a galera adora passar um pano pra Nintendo. Faz sentido que isso aconteça, eles tem uma quantidade inacreditável de personagens e franquias que fizeram parte da infância de muita gente.

Nós costumamos proteger a nossa infância, ficamos chateados se alguém fala mal, apontando que algo que curtíamos enquanto crianças era na verdade bem paia. É como se fosse um crime falar mal de qualquer coisa que a Nintendo faça, mesmo que claramente seja uma má ideia.

Mesmo entendendo esse sentimento protecionista, tem uns rolê que simplesmente não dá para engolir. A gente sabe que Smash Bros é algo que gera interesse e todo mundo quer mais informações sobre a versão do Switch, isso não significa que estamos dispostos em ficar sentados vendo mais de vinte minutos das mudanças minuciosas na jogabilidade.

É difícil querer apontar isso como um erro da sua apresentação, basta assistir as reações no YouTube. A Nintendo conseguiu o que ela queria com Super Smash Bros. Ultimate, mas também não precisavam fazer muita coisa para deixar a galera empolgada.

Mesmo com diversas reclamações da comunidade sobre as mudanças feitas no jogo pós-Melee, todo anúncio tem o mesmo nível de comoção. Então, dedicar parte do Direct para um único título faz você questionar se existia mais algo para ser mostrado e nem me refiro ao Metroid Prime 4, já que é óbvio que não vamos ouvir algo sobre ele durante um tempo.

A natureza da apresentação é uma vantagem que a Nintendo tem em mostrar novidades quando ele bem entender. E é assim que banda tem tocado nos últimos anos, do nada tá acontecendo algo sobre Pokémon ou jogos independentes. Por isso que eles podem se dar o luxo de comentar minuciosamente sobre seu confuso serviço online perto do lançamento em Setembro.

Por incrível que pareça, a única coisa que eles fizeram que basicamente nenhuma outra grande empresa fez foi anunciar títulos para rechear o segundo semestre.

Ela deu data para Super Mario Party, Super Smash Bros Ultimate, Overcooked 2, Captain Toad: Treasure Tracker, Crash Bandicoot N. Sane Trilogy, FIFA 19, Mario Tennis Aces, Mega Man 11, Monster Hunter Generations Ultimate e Octopath Traveler.

Também saem esse ano mas sem data definida Arena Of Valor, Dragon Ball Figthers Z, Dark Souls Remastered, Wasteland 2, Paladins, SNK Heroines e The World Ends With You: Final Remix.

Hollow Knight, Sushi Striker: Way of the Sushido, Fallout Shelter, Fortnite: Battle Royale estão disponíveis nesse exato momento.

Fale o que quiser sobre as outras conferências, quem tem um Switch merece toda a felicidade nesse momento. Mesmo com uma ótima apresentação, poucos títulos de Xbox vão sair no segundo semestre. Claro que podemos analisar isso por um outro espectro onde comemorar pela quantidade de third-parties em um console da Nintendo é um pouco triste.

Mesmo com anunciando novos jogos como Fire Emblem: Three Houses e Daemon x Machina, faltou aquela magia que teve em doses pequenas ano passado. A grande questão é que ainda faltam grandes nomes para o Switch mas o apoio de outras publishers e seu investimento em jogos independentes estão suprindo um pouco essa falta.

Eles estão devagarinho corrigindo os grandes problemas do Wii U, enquanto os títulos de grande porte exclusivos estão em desenvolvimento, o jogador pode aproveitar os mesmos jogos que podem ser encontrados em outras plataformas.

É difícil acreditar que não existem coisas emocionantes que a Nintendo pode mostrar no momento, colocar o foco no Smash Bros não é algo de outro mundo mas poderia tá em algo pós-Direct no painel da Treehouse.

A comoção foi enorme, como não ficar empolgado com mais de sessenta personagens icônicos batalhando entre si?

Basta ser um pouco racional e vê que poderiam trazer mais novidades pro console, pelo menos tem coisa bacana para sair até o final de outras empresas.

--

--