TdV apresenta: OS 68 MELHORES ÁLBUNS DE 2021

Marco Antonio Barbosa
Telhado de Vidro
Published in
4 min readDec 29, 2021

Este ano eu ouvi muita música. Música nova, música velha, em CD, em vinil, no streaming (em cassete não). Foram tantos discos, físicos e virtuais, que mal cheguei a ouvir duas vezes um mesmo álbum — mesmo aqueles de que gostei muito. Agora chegou a hora de fazer o balanção desse monte de coisa, no mesmo molde do ano passado: sem ranking, sem textão, playlist no fim.

O DISCO DO ANO: ‘Lula’, LUPE DE LUPE

Recorro pelo segundo ano consecutivo à autocitação do texto que fiz pro Scream & Yell: o sexto álbum da LdL é “um disco ‘sobre o que somos nós, os brasileiros’. Eu não apenas concordo, como estendo: é um disco sobre o que somos nós em 2021, divididos entre a raiva, a angústia, a tristeza e a esperança.”

O DISCO DE ROCK DO ANO: ‘Year of the Horse (Acts One, Two, Three, Four)’, FUCKED UP

Impressionante tour de force da cerebral banda de pós-hardcore canadense. São quatro LPs com canções bem curtinhas (todas sem título) que navegam do drone eletrônico ao post-rock orquestral, com convidados especiais como Matt Berninger, do The National. Exaustivo, no melhor dos sentidos.

Menção honrosa (pois gravado em 1975 e só lançado em 2021):

Outros bons discos de rock de 2021:

O DISCO DE MPB/BRASILIDADES DO ANO: ‘Síntese do Lance’, JARDS MACALÉ & JOÃO DONATO

Competição forte este ano, mas o álbum da dupla de discretos titãs levou o primeiro lugar. Momento histórico, com meros quarenta e tantos anos de atraso.

Outros bons discos de MPB/brasilidades em 2021:

O DISCO DE HIP HOP/GROOVEZÊRA DO ANO: ‘BAILE’, FBC & VHOOR

Aqui o negócio foi mais barbada. Apesar da forte safra hip hop internacional do ano.

Outros bons discos de hip hop/groovezêra em 2021:

O DISCO POP DO ANO: ‘DEATH OF A CHEERLEADER’, Pom Pom Squad

O disco que Lana Del Rey deveria ter gravado depois de Norman Fucking Rockwell! Outra escolha apertada. Roubaram o top spot na última hora.

Outros bons discos pop do ano:

O DISCO ELETRÔNICO/EXPERIMENTAL DO ANO: ‘Ignorance’, Weather Station

“Experimental”? Bem, não sei. Sei que me faltou capacidade para encontrar um gênero definitivo para este discaço. Jazz? Indie? Pop? Vamos de “experimental” mesmo.

Outros bons discos eletrônicos/experimentais do ano:

O DISCO DE JAZZ DO ANO: ‘Natten’, Bremer/McCoy

Outro belo álbum que me deixou meio confuso. Por seu espírito freeflowing, acabei encaixando aqui no jazz.

Outros bons discos de jazz deste ano:

E é com essa playlist aí que pretendo passar a virada para 2022. 92 faixas, quase seis horas de música. Ouça no shuffle.

--

--

Marco Antonio Barbosa
Telhado de Vidro

Dono do medium.com/telhado-de-vidro. Escrevo coisas que ninguém lê, desde 1996 (Jornal do Brasil, Extra, Rock Press, Cliquemusic, Gula, Scream & Yell, Veja Rio)