TdV apresenta: OS 68 MELHORES ÁLBUNS DE 2021
Este ano eu ouvi muita música. Música nova, música velha, em CD, em vinil, no streaming (em cassete não). Foram tantos discos, físicos e virtuais, que mal cheguei a ouvir duas vezes um mesmo álbum — mesmo aqueles de que gostei muito. Agora chegou a hora de fazer o balanção desse monte de coisa, no mesmo molde do ano passado: sem ranking, sem textão, playlist no fim.
O DISCO DO ANO: ‘Lula’, LUPE DE LUPE
Recorro pelo segundo ano consecutivo à autocitação do texto que fiz pro Scream & Yell: o sexto álbum da LdL é “um disco ‘sobre o que somos nós, os brasileiros’. Eu não apenas concordo, como estendo: é um disco sobre o que somos nós em 2021, divididos entre a raiva, a angústia, a tristeza e a esperança.”
O DISCO DE ROCK DO ANO: ‘Year of the Horse (Acts One, Two, Three, Four)’, FUCKED UP
Impressionante tour de force da cerebral banda de pós-hardcore canadense. São quatro LPs com canções bem curtinhas (todas sem título) que navegam do drone eletrônico ao post-rock orquestral, com convidados especiais como Matt Berninger, do The National. Exaustivo, no melhor dos sentidos.
Menção honrosa (pois gravado em 1975 e só lançado em 2021):
Outros bons discos de rock de 2021:
- Infinite Granite, Deafheaven
- Spare Ribs, Sleaford Mods
- Corisco, Bonifrate
- Sweep It into Space, Dinosaur Jr.
- Emptiness at The Sinclair, Dinosaur Jr.
- Almost Nothing Is Nearly Enough, Sonic Boom
- To See the Next Part of the Dream, Parannoul
- I Became Birds, Home Is Where
- Valdez, Birds of Maya
- Sintoma, In Venus
- A Desordem dos Templários, Guilherme Arantes
- Sophia Chablau & Uma Enorme Perda de Tempo, Sophia Chablau & Uma Enorme Perda de Tempo
- Seek Shelter, Iceage
- Tapetes Persas, Tapetes Persas
- ULTRAPOP, The Armed
- MAXIMUMBLASTSUPERLOUD: The First 24 Songs, Dazy
- Born Against, Amigo the Devil
- Spanish Model, Elvis Costello & The Attractions & guests
- Path of Wellness, Sleater-Kinney
- Let Me Do One More, Illuminati Hotties
- G_d’s Pee AT STATE’S END!, Godspeed You! Black Emperor
- You Heat Me Up, You Cool Me Down, King Krule
O DISCO DE MPB/BRASILIDADES DO ANO: ‘Síntese do Lance’, JARDS MACALÉ & JOÃO DONATO
Competição forte este ano, mas o álbum da dupla de discretos titãs levou o primeiro lugar. Momento histórico, com meros quarenta e tantos anos de atraso.
Outros bons discos de MPB/brasilidades em 2021:
- Delta Estácio Blues, Juçara Marçal
- Nebulosa Baby, Giovanni Cidreira
- A Pegada Agora É Essa, Antônio Neves
- Caco de Vidro, Duda Brack
- Noturno, Maria Bethânia
- Meu Coco, Caetano Veloso
- Pacífica Pedra Branca, Jennifer Souza
- Afrocanto das Nações, Mateus Aleluia
O DISCO DE HIP HOP/GROOVEZÊRA DO ANO: ‘BAILE’, FBC & VHOOR
Aqui o negócio foi mais barbada. Apesar da forte safra hip hop internacional do ano.
Outros bons discos de hip hop/groovezêra em 2021:
- OXEAXEEXU, Baianasystem
- Super What?, CZARFACE & MF DOOM
- CALL ME IF YOU GET LOST, Tyler the Creator
- King’s Disease II, Nas
- Half God, Wiki
- Vince Staples, Vince Staples
- Disco!, MIKE
O DISCO POP DO ANO: ‘DEATH OF A CHEERLEADER’, Pom Pom Squad
O disco que Lana Del Rey deveria ter gravado depois de Norman Fucking Rockwell! Outra escolha apertada. Roubaram o top spot na última hora.
Outros bons discos pop do ano:
- Friends that Break Your Heart, James Blake
- Jubilee, Japanese Breakfast
- Locura, Juan Walters
- De Primeira, Marina Sena
- Mercurial World, Magdalena Bay
- Flock, Jane Weaver
- WINK, CHAI
- Our Extended Play, beabadooobee
O DISCO ELETRÔNICO/EXPERIMENTAL DO ANO: ‘Ignorance’, Weather Station
“Experimental”? Bem, não sei. Sei que me faltou capacidade para encontrar um gênero definitivo para este discaço. Jazz? Indie? Pop? Vamos de “experimental” mesmo.
Outros bons discos eletrônicos/experimentais do ano:
- Alex Antunes & Death Disco Machine, Alex Antunes & Death Disco Machine
- Memorandos, Taco de Golfe
- Isles, Bicep
- Menneskekollektivet, Lost Girls, Jenny Hval & Håvard Volden
- Just Another Prophecy, Tui
- Fatigue, L’Rain
- Voices 2, Max Richter
- Rõnin 1, UNKLE
O DISCO DE JAZZ DO ANO: ‘Natten’, Bremer/McCoy
Outro belo álbum que me deixou meio confuso. Por seu espírito freeflowing, acabei encaixando aqui no jazz.
Outros bons discos de jazz deste ano:
E é com essa playlist aí que pretendo passar a virada para 2022. 92 faixas, quase seis horas de música. Ouça no shuffle.