Rumo a 2022 (1)

O estado da corrida eleitoral em Janeiro de 2019 pelo método do achismo ilustrado

Gustavo Laet Gomes
Tem que manter isso, viu?
3 min readJan 31, 2019

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Olá a todos e bem-vindos ao circo! Apesar de o governo Bolsonário (sic) ainda não ter se mostrado aquela catástrofe que antevimos em 2018 em toda sua plenitude, alguns de nós já estamos cansados deste episódio interminável (ou reality show) de Os Trapalhões.

Para quebrar um pouco esse marasmo inauguramos aqui a série Rumo a 2022, que vai trazer para vocês, mês a mês, o placar atualizado da corrida pela presidência da república dos Estados Unidos do Brasil (saudades do vivifunto José Serra).

O painel, que você vê abaixo, apresenta uma lista de possíveis candidatos e uma pontuação numa escala de 1 a 10. 10 indica quem nós achamos que será o próximo presidente desta república de bananas “se as eleições fossem hoje”, como se diz no jargão global. As outras notas, claro, mostram as chances dos demais competidores. Os ícones que aparecem no interior de cada barra indicam a tendência do possível postulante. Uma seta para cima indica tendência de alta (significando que achamos que ele tende a melhorar sua posição nos próximos meses). A seta para baixo indica o contrário, tendência de queda. O círculo indica tendência de estagnação. A margem de erro é de 1 ponto para mais ou para menos.

Esses resultados são calculados pelo método do achismo ilustrado, que é uma versão mais bem elaborada do método do achismo padrão, que não carece de explicações, afinal, como disse o Latino, “achismo é um problema sério no Brasil”, de onde subentende-se que é algo relativamente bem dominado pela população.

Os destaques positivos do mês (finalmente!) são o general Mourão, que está aparecendo como a alternativa sensata no meio da turba do bolsonarismo, com torcida a favor de amplo espectro, diga-se de passagem; e João Doria, que, aparentemente foi vendido gratuitamente como sucessor do atual governante pela comitiva do próprio presidente em Davos. (Vai entender…)

Os destaques negativos, são o próprio presidente, claro, porque…, enfim, você sabe porque; e Ciro e Haddad, que além de não terem feito nada de relevante desde o fim das eleições, não fizeram nada de relevante desde que virou o ano. E não esqueçamos da Marina que não fez nada de relevante nem sequer durante as eleições e, como de costume, não está fazendo nada de relevante fora do período eleitoral.

Haddad e Bolsonaro partem de pontuações altas por causa do desempenho nas últimas eleições. O alto nível de exposição que tiveram os fazem ser candidatos naturais, tipo top-of-mind, a esta altura, mas isso claro, tende a se diluir com o passar do tempo se nada for feito. Isso também explica por que Ciro Gomes e João Doria estão levemente descolado dos demais, mas sem grandes chances.

Os comentários estão aí para você discordar, concordar ou sugerir (com justificativa) novos postulantes para esta eletrizante corrida. No mês que vem inauguraremos também o gráfico de linhas para mantermos o registro da evolução das nossas estimativas.

Bom quadriênio para você, meu compatriota!

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