O botão da câmera sumiu!

Thaby Cardoso
Tendências Digitais
2 min readJun 17, 2016

Na hora de comprar um celular novo, o número de megapixels da câmera é um dos itens que não passa despercebido por nós. Uma câmera que grave filmes e tire fotos em qualidade é um de nossos grandes pré-requisitos.

Em 16 anos, desde o lançamento do primeiro celular com câmera integrada, a câmera do celular se tornou algo essencial e prático para nosso uso diário. Temos como exemplo a ida ao trabalho ou para a aula e observamos o lindo céu, ou quando sentimos a necessidade de manter salva qualquer imagem que desejamos, temos a praticidade da câmera do celular ao nosso alcance.

Desde 2011, com o lançamento dos primeiros Smartphones, o uso da tela touch se tornou algo comum em nosso dia-a-dia, e podemos alcançar tudo através de um toque. Com as câmeras não foi diferente, com o aumento das telas e praticidade da tecnologia touch, a interface das câmeras celulares pôde ser remodelada e simplificada cada vez mais para nossa praticidade, extinguindo alguns botões para torná-la cada vez mais “limpa” para nós.

Mas, nem sempre a simplicidade é simples. Passamos tantos anos dependentes de botões para realizar as ações, que no fim se tornou algo intuitivo para nós. Alguns dispositivos celulares extinguiram os botões da interface da câmera com o intuito de simplificá-lo e facilitar o uso, mas o resultado é o contrário.

“Onde eu clico pra tirar foto?”

“Cadê o botão?”

“E agora? Como faço pra tirar foto?”

“Cliquei nesse botão e saí da câmera.”

Estes são relatos comuns de quem não está totalmente acostumado à falta dos nossos queridos botões, até mesmo para realizar simples atos.

Outro exemplo que pode ser comparado com o que estamos abordando é sobre o barulho que as máquinas de lavar fazem. Uma empresa lançou uma nova linha de máquinas de lavar onde a mesma não realizava o barulho que estamos acostumados a ouvir quando é ligada, e a linha não teve boas vendas pois os usuários não estavam acostumadas com o silêncio, pois o som que as máquinas faziam, e ainda fazem, eram sinônimo de que as mesmas estavam funcionando, portanto, as pessoas não receberam o silêncio como algo bom.

Portando, muitas vezes a intuição é o que faz com que os usuários tenham facilidade e aceitem bem aquilo que é seu objeto de uso. Algumas mudanças não são bem aceitas e pode ser que tenhamos que retroceder para o bom uso do usuário. É uma linha tênue entre nossa busca por evolução tecnológica e a forma como os usuários o recebem.

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