A realidade virtual de 1973
No ano de 1973 ainda não existia a realidade virtual como a vemos na atualidade. Mesmo assim, o diretor Rainer Werner Fassbinder conseguiu capturar uma visão única de algo que ainda estava para existir, prevendo um futuro digital de forma surpreendente, e trazendo reflexão sobre o tema da realidade simulada.
Nos anos 70 a capacidade gráfica dos computadores e o conceito de realidade virtual estavam se desenvolvendo para se transformarem naquilo que conhecemos hoje.
Sobre o filme
O projeto Simulacron, feito em um supercomputador simula fielmente o mundo real, ao ponto de as unidades programadas (os moradores do mundo virtual) aparentemente possuírem consciência e não estarem cientes de que são apenas dados de computador.
Um dos envolvidos no projeto presencia os desaparecimentos e mortes misteriosas de outros pesquisadores, até que descobre que o mundo que ele pensava ser real é na verdade uma realidade virtual também, sendo ele próprio uma cópia de um cientista do “mundo real”.
É aí que entra a questão da teoria da realidade simulada, que propõe a possibilidade de que a realidade seja simulada a um nível indistinguível, onde podem existir formas de consciência semelhantes ao mundo real.
O tema da realidade virtual se fez primeiramente no mundo da ficção, com autores apostando e confiando na capacidade que a tecnologia alcançaria futuramente.
Muitos anos após o lançamento de World on a Wire, Matrix trouxe uma discussão parecida. Antes deles, romances de ficção científica como Pygmalion’s Spetacles abordaram o tema da realidade virtual.
E com certeza esse continuará a ser um assunto abordado por muito tempo, principalmente em tempos onde nós já pudemos experienciar alguns de seus aspectos, porém ainda há muito a ser explorado.