Black Friday no Brasil
A Black Friday é um dia mundialmente conhecido pelos baixos preços de produtos de todos os segmentos mas principalmente eletrônicos e eletrodomésticos.
Em alguns países, esse dia movimenta multidões, faz com que lojas entrem em funcionamento em horários fora do costume, como 05h da manhã, enfim, é um dia de grandes compras e muitas pessoas guardam dinheiro durante meses, até mesmo durante o ano todo, esperando os tão aclamados descontos.
Como era de se esperar, essa prática se disseminou em nosso país também, mas, como não poderia ser diferente, a Black Friday aqui não segue as mesmas “regras” e tradições de outros países. Com o crescimento desenfreado da Compra Online, o investimento em campanhas e a preocupação com o marketing se disseminou por muitos e-commerces e é claro que a Black Friday teve sua influência no mesmo. O grande problema é que o consumo por este meio acabou tomando caminhos com o intuito de enganar o consumidor. Uma maioria esmagadora de sites optam por aumentar o preço gradativamente dos seus produtos até a chegada da Black Friday, onde conseguem cobrar um pouco a mais do valor de alguns meses atrás, porém com campanhas chamativas e interfaces impulsivas que oferecem inúmeros “benefícios” ao consumidor, como frete gratuito, parcelamento sem juros caso a pessoa faça um cartão da loja específica. Basicamente, existem pessoas que não conseguem se ver livre das dívidas justamente por este estímulo que recebe das lojas, newsletters diárias e até mesmo mensagens apelativas em seu número pessoal.
Um exemplo deste comportamento que as lojas estão tendo, com o objetivo de mascarar o real preço dos produtos, pode ser visto praticado pela loja de móveis “Mobly”, onde um produto que em setembro deste ano custava R$342,99 com frete gratuíto, na Black Friday de hoje sai por 320 com 20 reais de frete. Porém, a grande diferença e que geralmente faz com que o consumidor fique ainda mais tentado à efetuar a compra é a interface em questão.
Este tipo de comportamento é reproduzido por inúmeras lojas, desde revendedoras de grandes marcas como as próprias em seus sites pessoais. Ex: Canon, Sony, LG, Samsung, Apple. É curioso ver que a maioria das lojas mantém o discurso de transparência com o consumidor. Esse tipo de máscara mantém o brasileiro refém dele mesmo, afinal os lojistas que efetuam esta prática, também tem interesses em aproveitar “descontos” falsos oriundas de uma prática disseminada por eles.