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Fellipe Correa
Tendências Digitais
2 min readSep 12, 2018

O corpo humano é formado por diversos complexos que em unidade trabalham para nos manter vivos e ativos, tais características podem ser comparadas a uma máquina que, por usa vez, também é formada por alguns complexos que trabalham em unidade para a realização de determinada ação. Assim como uma máquina consome algum recurso para funcionar, seja ele gasolina ou eletricidade, etc, nós humanos também precisamos consumir um conjunto de suprimentos e elementos para nos manter vivos e ativos. Logo o consumo é algo natural e necessário para a sobrevivência humana e de qualquer outra espécie.

O grande problema é quando acrescentamos a esse verbo o sufixo ISMO, transformando o ato de consumir na patologia comportamental conhecida como consumismo.

Após o século XVIII com a revolução industrial, os processos de fabricação tomaram grandes proporções, trazendo a tona a produção em massa ligada ao consumo em massa, ideia proposta por Henry Ford. Desse processo surge a cultura de consumo, nessa cultura as necessidades são artificialmente estimuladas pelos meios de comunicação, levando a população ao consumo alienado(Karl Marx).

Ms.America by SchneLMar (2013).

Hoje estamos inseridos em um contexto social em que os meios de propagação, através do avanço tecnológico, ganharam proporções bizarras, multiplicando as ofertas de possibilidade de consumo em todos os meios digitais. Já estamos consumindo mais do que a capacidade do planeta de se regenerar(WWF,2008).

Estamos sugando nosso planeta, e a consequência desse comportamento desenfreado é exposto em tom cínico no longa-metragem de animação Wall-E (2008), cuja a trama se passa em um futuro onde a terra se torna inabitável devido ao esgotamento de recursos naturais para o desenvolvimento de qualquer tipo de vida

Sabemos que filmes de ficção científica são campeões em lançar tendências e estamos cansados de ver essas inspirações previstas se tornando realidade, algumas delas até aguardadas ansiosamente, como os famosos carros voadores. Contudo a tendência encontrada na animação Wall-E nos traz a consciência que o contexto social consumista em que vivemos não pode influenciar a forma que tratamos e nos preocupamos com a nossa casa, a Terra.

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