Consciência Artificial

Seriam máquinas capazes de ter consciência própria e possuir sentimentos humanos?

Paula Konno
Tendências Digitais
3 min readApr 23, 2017

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Conforme a tecnologia avança, é possível perceber o surgimento de novas máquinas e o desenvolvimentos de outras já existentes. Essas máquinas, geralmente criadas para que possam ajudar os seres humanos em diversas tarefas do dia a dia. Já pode-se contar por exemplo com a existência de robôs que cuidam de idosos ou sistemas operacionais que nos ajudam em diversas tarefas ou até mesmo as realizam para nós.

Uma questão que é levantada constantemente, é a dúvida de se essas inteligências artificiais podem possuir sentimentos humanos ou ter consciência própria algum dia. Na matéria no site da EXAME são mencionados dois tipos de consciência:

Block argumenta que existem dois tipos de consciência: a “consciência de fenômeno” e a “consciência de acesso”. “A consciência de fenômeno é como, por exemplo, quando você come um delicioso prato da culinária brasileira. É o seu prato favorito, e quando você o come, você tem uma sensação profunda, uma consciência envolta em memórias e emoções que descrevem o que é comer aquilo. Esse é o tipo de consciência que nós, humanos, temos”, explica Bringsjord.

Esse tipo de consciência, relacionada a lembranças, memórias, sensações e outras subjetividades, está ainda bem longe de ser emulada por uma inteligência artificial. Já a “consciência de acesso”, ou ao menos um vislumbre dela, foi reproduzida com sucesso pelo robô do experimento. (…) Em outras palavras, é como saber que um determinado som corresponde à própria voz, mas não pensar “nossa, como a minha voz fica esquisita no vídeo”.

Então estamos falando aqui da consciência de fenômeno, seria possível algum dia uma inteligência artificial possuir essa consciência? Um exemplo de onde esse questionamento pode ser encontrado, é no filme Transcendence. Will é um pesquisador que tem sua consciência transferida para uma máquina após ser morto. Não se trata exatamente de um robô que foi criado e que pode ter consciência, porém percebemos o questionamento do amigo de Will e de outras pessoas que sabiam de suas pesquisas, se sua consciência foi realmente transferida ou seria a máquina que estaria o controlando?

“Você pode provar que é consciente?”; “Você pode provar que você é?” é o que Will supostamente pergunta.
“Emoção humana… pode amar alguém e ainda odiar as coisas que eles fizeram. Uma máquina não consegue entender isso.”

A única pessoa que parece acreditar que é realmente a consciência de Will na máquina é Evelyn, sua esposa. Max, amigo do casal, tenta convencer Evelyn de que máquinas não podem ter emoções humanas. Outro exemplo está no filme HER, Theodore é um escritor que acaba se apaixonando por um sistema operacional chamado Samantha.

“Eu posso sentir isso na sua escrita também,” “Eu não sei. Coisas do tipo, pensamentos pessoais e vergonhosos que eu tenho,” “Esses sentimentos são mesmo reais? Ou eles são apenas programação?” é o que Samantha se pergunta.

Durante o filme, são diversas as vezes que podemos ouvir Samantha se perguntando sobre seus sentimentos ou mencionando que pode sentir e que tem pensamentos. Seria um sistema operacional capaz de ter emoções e pensamentos próprios?

Como citado anteriormente, a probabilidade de uma máquina ter consciência própria está bem longe porém ela existe, além de que muitos cientistas e pesquisadores acreditam que um dia a inteligência artificial possa sair de nosso controle e acabar por destruir os seres humanos.

Vídeo que se tornou viral. “Nosso objetivo é que ela seja tão consciente, criativa e capaz como qualquer humano”.

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Observatório de Tendências Digitais da PUCPR foi mantido entre os anos de 2016 e 2018 pelos estudantes da disciplina Laboratório de Tendências de Design Digital e pelo Prof. Dr. Frederick van Amstel (@usabilidoido).