Jogos com DRM
No passar dos anos, a segurança para artefatos digitais tem se tornado uma uma preocupação que vêm aumentando tanto que empresas estão adotando maneiras de evitar que seus produtos sejam “crackeados”, ou seja, abertos digitalmente e disponibilizados na internet de graça. Por mais que essa prática seja ilegal, existem comunidades inteiras que suportam essa prática, que é conhecida também como pirataria.
Para combater a pirataria no mundo dos jogos digitais, empresas começaram a adotar sistemas como chaves de ativação, sistemas de encriptação ou até mesmo, em alguns casos, obrigando os usuários a estarem online para usufruir do produto, em alguns casos envolvendo apenas o jogo e, em outros, necessitando o uso de uma plataforma. Porém, alguns desses sistemas fazem com que usuários de produtos originais se sintam limitados, pois é uma questão de tempo até a pirataria conseguir burlar o sistema e disponibilizar uma versão alternativa do produto que possa ser utilizada livremente e de forma gratuita. Isso deixa os usuários que pagaram pelo produto em uma situação pior que os que utilizam uma versão crackeada.
O problema dessa tendência começa a se mostrar quando usuários que estão dispostos a pagar pelo produto optam pela versão alternativa, pelo fato de que, nesta versão não existem as restrições impostas pelos desenvolvedores. Alguns exemplos de problemas envolvem instabilidade na performance ou até no funcionamento do jogo (exemplos: Doom (2016), Dishonored 2), incapacidade de modificações no jogo (casos: Tales of Symphonia, Far Cry: Primal) e pode também restringir o arquivamento do jogo para o futuro, caso a empresa detentora dos direitos deixe de disponibilizar o jogo, como é o caso de BS The Legend of Zelda, um jogo que foi disponibilizado apenas através de um sistema online chamado Satellaview, em que os jogos eram rodados nos servidores, não no aparelho.
Existem casos onde os desenvolvedores dos jogos não utilizam de DRMs, mas sim algumas táticas para enganar os espertinhos que tentam arranjar o jogo de maneiras ilegais, como o exemplo de Game Dev Tycoon; os desenvolvedores do jogo criaram um “modo pirata” e disponibilizaram em sites de torrent, porém sem dizer que era uma versão alternativa. Nesse jogo, o jogador tem como objetivo criar jogos, lucrar e criar cada vez mais jogos. Porém, nesse “modo pirata”, o jogador passa a sofrer com pirataria dos seus jogos e nunca consegue lucrar. Vários outros jogos utilizaram dessa prática de atrapalhar, satirizar ou impossibilitar o usuário de conseguir jogar, tendo alguns grandes exemplos como Serious Sam 3, The Sims 4, Batman: Arkham Asylum e Grand Theft Auto IV.
A comunidade de jogos anda bem vocal sobre esses problemas, mas não podemos fazer de conta que a pirataria não é um problema. É necessário algum tipo de sistema que não atrapalhe a experiência do usuário que pagou pelo produto e impossibilite ou atrapalhe a disponibilização ou jogabilidade de versões crackeadas.