Telas curvas
Displays curvos têm modificado o apelo visual dos produtos em todo o mercado. Atualmente, devido a evolução da tecnologia e ao desenvolvimento das telas em grandes fabricantes de eletroeletrônicos, como citado no artigo Telas cada vez melhores, aparelhos com telas curvas estão se tornando cada vez mais comuns. Entre eles celulares, televisões e monitores para computador.
O mundo deixou de ser chato, agora ele é curvo.
Em relação aos smartphones, os exemplos mais em alta no momento são os modelos recentes da Samsung: o Galaxy S8 e S9.
A tela ocupa de uma ponta à outra do smartphone, o que resulta em uma experiência mais sofisticada de uso. Com direito à tecnologia AMOLED que oferece imagens mais iluminadas e cores bem mais vibrantes que o comum. A traseira do aparelho também vem em formato curvado e, com isso, os novos Galaxy’s ficam mais ergonômicos durante o uso.
De acordo com Hong Yeo, designer principal dos aparelhos Samsung, as telas curvas não são tanto sobre a aparência ou ticker lateral — um recurso de software que permite que ações, clima e outras informações sejam exibidas nas bordas da tela — mas também questão de usabilidade e experiência do usuário.
“Um telefone celular é mais do que algo que você olha. Você toca e usa todos os dias. Queríamos melhorar o nível de aderência, e a tela curva nos permite ter uma pegada perfeita. Quando as pessoas o seguram pela primeira vez, ficam surpresas por quão suave e uniforme ele é.’’
Diz ela ao justificar a nova tendência de smartphones com telas curvas.
Uma das reclamações mais comuns entre os consumidores de telefones com telas curvas é a questão de encostar a palma da mão nos cantos da tela, dificultando o uso do aparelho. E além disso a dificuldade de encontrar películas que protegem totalmente a tela do celular.
Nos smartphones com tela plana os pontos mais suscetíveis são fechados com metal (ou qualquer outro material). Com um telefone de curvatura dupla, a superfície é geralmente de vidro, deixando então maior a possibilidade de rachadura na tela em caso de queda.
E para piorar, substituir uma tela de smartphone curvada é praticamente o dobro do preço comparado a trocar uma tela plana.
No entanto, o que precisa acompanhar essa tendência é um software com uma tecnologia eficiente de rejeição de palma e uma maneira criativa de utilizar plenamente os lados da tela, que continuam parecendo simplesmente uma questão visual.
Já em questão dos televisores, Telas flexíveis ainda não foram difundidas no mercado, mas a popularidade das telas curvas tem crescido.
A tela curva é defendida como uma forma mais natural para aproveitar a visão periférica dos nossos olhos.
A justificativa dos fornecedores ao fazer a tela é passar para o usuário a sensação de estar praticamente dentro da imagem, e então juntando o formato e a sensação de profundidade, o processo de imersão seria muito maior.
Além disso, alegam aliviar os olhos ao reduzir o possível cansaço que pode vir de sessões prolongadas, uma vez que costumamos passar horas na frente da TV. Com uma tela de TV curva, os olhos contam com uma distância de visão uniforme que equaliza a distância do olho à tela em todo o campo de visão.
Quando os televisores curvos foram lançados pela primeira vez, um dos argumentos a favor deles foi que a curva aumentava a percepção de objetos discretos nas cenas. Ou seja, uma TV curvada de 55 polegadas pareceria muito maior que uma tela plana de 55 polegadas. Isso é verdade, mas apenas em um grau muito pequeno.
Um dos pontos negativos em relação as telas curvas é que qualquer ponto de luz que estiver localizado de forma oposta será refletido, como nas telas planas, mas muito pior pois também será esticado e distorcido. Isso pode criar um incômodo visual muito grande, que só será solucionado se o usuário assistir com as luzes do ambiente totalmente apagadas.
Uma coisa a levar em consideração é que as TVs curvas são um pouco mais volumosas nas costas e isso pode tornar a montagem do aparelho em uma parede um pouco mais complicada.
Apesar de parecer uma tendência da área da tecnologia, as justificativas das companhias para o uso não são tão convincentes e algumas até comprovadamente irreais.
