Esportista Eletrônico

Giovanni Campos
Tendências Digitais
4 min readMar 13, 2018

E-Sports criou um novo tipo de atleta.

Fonte: Google imagens

Com a explosão dos “E-Sports” (eletronic sports), um sonho de criança pode ser alcançado e virar realidade, o de ganhar dinheiro jogando vídeo-games. Mas o que alguns não sabem é que este caminho é árduo e cheio de pré-conceitos.

Desde pequenas muitas crianças entram em mundos diferentes, sejam de sua imaginação, das histórias contadas, e dos atuais vídeo-games onde conforme forem crescendo uma vastidão maior de estilos de jogos vão sendo apresentados e conhecidos, até chegar aos jogos online competitivos onde tendem a ter o maior foco na competitividade em si de times contra times, jogador versus jogador (PvP).

Campeonatos de jogos sempre estiveram ao redor de todo o mundo, principalmente no seu surgimento nas épocas das Lan Houses valendo horas grátis, ou mouses e teclados e acessórios (o que na maioria é a recompença em campeonatos amadores atuais) , porem nestes ultimos 5 anos, a proporção vem sendo gigantesca de crescimento de tal mercado, com o maior recorde registrado do jogo “Dota 2” tendo uma premiação de 10 mihões de doláres.

É um mercado que nos EUA , na Europa e principalmente na Córeia do Sul já é algo fixo e firme, tendo a Córeia do Sul como o primeiro país a implementar governalmente e oficializar a carreira de jogador profisional de games ou esportista eletrônico.

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O Brasil está passando por este processo de regulamentação para transformá-la em uma profissão, já que o Brasil foi considerado um dos maiores países atuais em consumir e visualizar E-Sports. O senado federal irá analisar o PLS 383/2017, que regulamenta os esportes eletrônicos no Brasil.

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Como comentamos no inicio é uma carreira árdua por ser dificil de chegar ao topo, a palavra profissional não é a toa, você precisa se destacar como o melhor para ter vizualização dos times , além de encontrar o seu jogo favorito, que comporte seu gosto e estilo, já que este jogo não será mais apenas seu lazer e sim seu trabalho.

No mercado atual temos os maiores jogos sendo nos estilos FPS ( First person shooter ou tiro em primeira pessoa) , e MOBA (massive online battle arena, ou arena de batalha online massiva), um o nome já explica porem este segundo é uma arena de cinco jogadores contra cinco, jogando dentro de uma arena repleta de objetivos a se fazer, e mais de 150 personagens para jogar e criar composições. Já percebeu a carga neural que gasta né ? Imagine decorar tudo de mais de 150 personagens ( eles tem 4 magias e uma habilidade passiva), mais os pontos do mapa , em um jogo de tiro ter o reflexo e lembrar cada padrão de mapa e arma, ou overwatch que acaba unindo os dois conceitos, e você tem um jogo de tiro com personagens tendo habilidades amais, é muita informação para pensar em pouco tempo.

Na cabeça de um jogador profissional acaba passando tudo isso, estratégias , jogadas, adaptação para as mais diversas situações, seus reflexos para responder a tudo isso na hora necessária, é parecido com o que um jogador de futebol ou basquete fazem não ? Porém um precisa de mais carga fisica enquanto outro de mais carga neural. Neste ponto é onde começam os pré-conceitos. Como alguém sentado em uma cadeira jogando “joguinhos” pode ser chamado de esportista ? não faz nenhum esforço fisico, mas devemos lembrar que o segundo esporte mais práticado do mundo é o XADREZ, sim o xadrez sendo que você “só meche peças”. “ O jogo envolve competição, alto rendimento, desempenho mental, e é baseado em regras e possui uma entidade reguladora. Reconhecido como esporte pelo Comitê Olímpico Internacional, o xadrez tem como principais benefícios o estímulo da memória, aumento da capacidade de concentração e velocidade de raciocínio.” (Unimed Londrina).

O E-Sport tem as mesmas características e conjuntos que um esporte normal, de regras, comitê de juízes e times dentre outros, mas claro que muda conforme o jogo e seus modos, então porque tanto pré-conceito?

Muitos times falam que a pior parte de um jogador superar é a falta de apoio familiar, onde isso acaba pesando em seu desempenho na hora de treinar e jogar, eles acabam não chegando ao seu ponto máximo por essa falta que faz a família e/ou amigos ao lado.

Tudo tem seus prós e contras, afinal a vida de um esportista eletrônico ainda é muito nova querendo ou não, algo que seria seu lazer acaba virando seu trabalho, você “vive” para o jogo, além de trabalhar ou dentro de uma game house, e morar com seu time, ou em uma game ofice que é apenas um ambiente com computadores e depois você volta para sua casa como um trabalho normal. Mas com o tempo ela está sendo mais vista e melhor aceita, dentre os jovens isso já é normal, falta à aceitação das gerações mais antigas em verem que isso tem um futuro, como uma criança que sonha em ser jogador de futebol e uma que sonha em ser jogador de League of Legends, ambos têm o mesmo caminho a traçar, treinar, treinar e treinar até chegar a um ponto que pode ser chamado de profissional.

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