Evolução das marcas
De tempos em tempos as grandes empresas modificam as suas marcas reformulando as formas, cores e tipografias, conforme as novas tendências visuais vão surgindo. As empresas entendem que com o passar do tempo suas marcas se tornam obsoletas visualmente.
Um exemplo é a gigante da tecnologia Google que já reformulou sua logo diversas vezes nos últimos anos até chegar o conceito atual. Se analisarmos as modificações vemos que a partir de 1999 até os dias atuais à sequência das cores foram mantidas, alterando apenas as formas, e a tipografia da marca, percebemos que as mudanças não são tão drásticas para não causar estranheza aos consumidores, eles precisam se identificar visualmente com a empresa mesmo após as mudanças.
Se a Google tivesse uma postura conservadora em sua identidade visual e mantivesse sua primeira logo até os dias atuais, ela estaria completamente desatualizada do mercado, pois conforme o tempo passa as formas e tendencias se atualizam, para uma empresa a imagem é tudo.
As marcas se adaptam de acordo com as tendências visuais do momento, a tendência que predomina atualmente é o flatdesign. Sua característica é a baixa utilização de elementos visuais, como o 3D, pouco uso de sombras, gradientes ou texturas, o que vemos presente na logo de 1999 que utilizam desses atributos. O flat é focado no minimalismo dos elementos, tipografias e de cores.
Existem marcas que realizam o redesign de sua identidade alterando toda a características das propostas original. Quando analisamos a Logo da Apple de 1976, vemos que o resultado que temos hoje é completamente diferente do projeto inicial.
O mesmo acontece com várias outras marcas, entre elas Pepsi, que adotou um estilo muito mais voltado a escrita do nome da marca, utilizando cor única, e escrita foi se atualizado com o passar do tempo de 1898 até 1940, onde estava muito mais legível, já em 1950 foi adicionado um elemento novo, uma tampinha de metal e junto a tampinha uma nova cor, azul, não sendo mais apenas vermelha, em 1962 há uma grande mudança, a tipografia que desde o início da empresa era com curvas e no vermelho, passou a ser uma fonte em caixa alta e em preto, a marca foi passando por algumas alterações mantendo e fixando o vermelho e azul como identidade da empresa. Em 2008 foi feita o redesign que é mantido até hoje, retirando a escrita com o nome da marca, mantendo apenas a forma e cores.
As empresas do ramo automobilístico são exemplos de adaptação da linguagem visual do momento, analisando a marca Fiat que inaugurou em 1899 passou por 10 alterações até hoje, estabelecendo um período médio de 12 anos para cada modificação. Analisando as quatros principais empresas brasileiras, Ford, Fiat, Volkswagen e Chevrolet, vemos que a primeira identidade é bem diferente de suas versões posteriores, as versões seguintes mantiveram alguma característica que são evidentes até hoje, como formas, fontes.
As empresas do final e início do século XIX tinham características muito mais manuais com aspectos de desenho a mão, a exemplo temos a Ford, Chevrolet, Pepsi, a grande maioria das marcas com mais de cem anos tem essas características em seus primeiros conceitos da marca. Com o passar do tempo as marcas foram se atualizando de acordo com os conceitos de cada época. O que conseguimos perceber é que, uma característica é criada e mantida com o passar do tempo, um exemplo é a logo da Ford que em 1909 criou a forma tipográfica que é mantida até hoje, poucas alterações foram realizadas, apenas algumas melhorias, porem a essência e os aspectos visuais foram mantidos.
A cada novo ano, o que se espera pelos profissionais da área de comunicação são as novas tendências de design para que essas sejam aplicadas em peças e trabalhos publicitários, essas tendências ditam o mercado visual, e as marcas com o passar do tempo precisam se adaptar as mudanças, pois são mudanças que alteram os padrões visuais e tais marcas vão se tornando obsoletas. As empresas com alta interação no mercado digital precisam acompanhar com mais frequência essas mudanças, diferente de uma empresa do ramo automobilístico. As constantes evoluções nos equipamentos eletrônicos, mudanças de proporção de tela e resolução, exigem que as marcas sejam adaptadas a estes formatos.
Atualmente 2018, o retorno do degrade está em evidencia algumas marcar estão se adaptando a esta ideia. Algo que algum tempo atrás era considerado como “cafona” hoje está sendo utilizado como tendência visual, porém não há como medir o tempo em que está tendência continuará em evidencia, sendo necessário a mudança de todo a identidade caso de um ano para outro mude esse conceito, as empresas que seguem estás “tendências rápidas”, sem um prazo de validade para o seu termino, são empresas do ramo tecnológico, que tem maior facilidade em imprimir no usuário uma aceitação visual. O Instagram é um exemplo, uma rede social que em junho de 2018 bateu 1 bilhão de usuários ativos, e que em 8 anos de sua existência já teve sua logo alterado algumas vezes e tem diversas modos diferentes de ser aplicados, uma forma completamente diferente de uma empresa de outro ramo com mais de 100 anos atuação no mercado, a exemplo as marcas automobilísticas já vistas até aqui.
Chegamos à conclusão que o mercado acompanha as tendências atuais, adaptando sua identidade visual de acordo com seu público alvo atrelado ao segmento do seu produto, uma empresa que trabalha com um produto como carros, não pode ter o mesmo comportamento de uma empresa do ramo digital que pode alterar sua identidade em uma velocidade mais rápida. Sendo assim a uma necessidade de estudar o produto e mercado que a empresa está inserido para não errar e causar um retrocesso visual para o produto final.