Gadgets modulares
Houve um tempo em que para estar com a mais nova atualização e modificação estética do seu aparelho era preciso comprar um novo. Se alguma peça do dispositivo chegasse a parar de funcionar, era preciso levar imediatamente a um profissional e muitas vezes o conserto sairia o mesmo valor de um aparelho novinho.
Graças aos Gadgets modulares nos livramos desses problemas. Seu relógio digital está dando defeito? Você mesmo pode trocar o módulo defeituoso. Ou se simplesmente quiser adicionar uma câmera profissional ao seu telefone, o design modular lhe permite personalizar seus objetos eletrônicos a vontade. A grande vantagem é que assim será possível diminuir o lixo eletrônico e não será necessário comprar um aparelho novo sempre que surgir uma atualização.
Em 2013 A Google tentou investir nos Gadgets Modulares com seu Projeto ARA, tornando possível que qualquer usuário possa criar e personalizar seu smartphone através de módulos de hardware. O usuário poderia escolher o processador, bateria, alto-falantes e até mesmo a quantidade de memória RAM do telefone.
Em 2015 foi anunciado uma pequena pausa no projeto para a adaptação do smartphone para o uso comercial. Refizeram a estrutura do aparelho e algumas características iniciais foram modificadas e alguns componentes se tornaram fixos, entre eles a memória RAM, bateria, antena e a tela, diminuindo assim a quantidade de módulos removíveis.
Mas o projeto também tem suas desvantagens, como por exemplo o volume do telefone conforme a quantidade de módulos, o maior consumo de energia e um desempenho lento devido ao smartphone sobrecarregado. Tornando-se assim menos portátil e deixando preferível os smartphones comuns.
Também deve ser considerado que a tecnologia está sempre evoluindo: câmeras ficam mais potentes, processadores mais rápidos, as telas cada vez melhores…Um aparelho modular seria capaz de acompanhar essas evoluções e manter a sua proposta original de customização, baixo custo e redução de lixo eletrônico?
Foram por esses e outros motivos que o Projeto Ara da Google chegou ao fim em 2016.
Logo atrás está o Blocks Smartwatch, o relógio modular.
Muito parecido com os Wearables Biométricos, o dispositivo é construído a partir de módulos e está incluso Wi-Fi, bluetooth, lanterna, microfone e até mesmo sensores de movimento. Os recursos citados estão ligados ao relógio através da pulseira e é possível conectar um módulo de GPS e até inserir um cartão SIM.
Blocks é o primeiro relógio inteligente modular do mercado e tem o Android 8.0 Oreo. Foi revelado em 2016, mas somente agora está finalmente disponível para compra através do site da fabricante por US$259 e cada modulo extra custa US$35.
Modularidade certamente se mostra como uma tecnologia muito interessante e promissora, mas ainda há um longo caminho até torná-la viável e atrativa para a sociedade e o mercado.
