Chip de censura

Laura Côrtes
Tendências Digitais
3 min readSep 29, 2018
Professor Kevin Warwick

O primeiro homem a implantar um chip em sua pele e sentir-se como um ciborgue foi o Especialista em Cibernética na Universidade de Reading, Kevin Warwick em 22 de março de 2002. Ele implantou um chip em seu braço, transformando seus gestos em um sinal elétrico. A porta se abre, o computador acessa a internet, ou seja, todas as tecnologias presentes em seu escritório reconhecem o chip e a comunicação que o professor tem com elas.

Desde então, o setor da tecnologia está cada vez mais desejando a implantação de interações com o computador de uma maneira que o usuário consiga facilitar sua vida. Em séries de ficção científica existem várias implantações da tecnologia em seus episódios simulando a utilização do dia a dia, como a ajuda nos afazeres, sociabilidade, “imortalidade” e até mesmo censura de alguns assuntos específicos. A questão de imortalidade remete a série Altered Carbon, cuja história acontece no futuro distópico de cerca de 300 anos a frente e a consciência do ser humano pode ser armazenada em um chip e ao morrer, a pessoa é transplantada em outro corpo, vivendo para sempre.

Trailer da série Altered Carbon

Já a censura retratada em um episódio do Black Mirror chamado “Arkangel”, remete a omissão de determinados assuntos para a proteção de seu filho. Lá, a mãe de uma menina aceita a utilização da nova tecnologia para controlar a mente de sua filha, tendo visão de seu estado de saúde, memórias, desejos e o poder de censurar a visão dela em questões que geram medo como violência, pornografia, sangue, entre outros.

Censura da visão da criança em questões de violência e sangue

Hoje em dia a necessidade de controle de seu filho está cada vez maior em pais superprotetores pela falta de noção do que veem pela internet ou o que falam e fazem com amigos. A ideia de bloqueio de canais na televisão, softwares que bloqueiam determinados conteúdos da internet já demonstram veemente essa ideia. Ao invés desses pais conversarem com seus filhos, eles acham mais conveniente prevenir o contato da criança com o assunto para não precisar enfrentar perguntas que é muito mais fácil serem respondidas pelos pais do que por outras tecnologias.

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