Interfaces adaptativas

As Interfaces Adaptativas, também conhecidas como Interfaces Inteligentes, são interfaces capazes de se adaptar a diferentes tipos de usuários, fazendo com que os mesmos possam reorganizar os módulos apresentados na interface da forma que achar mais agradável para seu uso.

Elas são artefatos que devem reconhecer os objetivos e metas dos usuários e saber como atingi-los. Também devem ser mais tolerantes a erros, oferecer formatos agradáveis, prover uma interação mais natural aos usuários, assim como, empregar os recursos de Inteligência Artificial, a fim de facilitar o seu uso. A inteligência das interfaces deve fazer os sistemas se adaptarem aos usuários, tirar suas dúvidas, permitir um diálogo entre o usuário e o sistema ou apresentar informações integradas e compreensíveis utilizando vários modos de comunicação.

Como comentado na tendencia “A Vida se adaptando à Tecnologia” que fala um pouco do avanço da tecnologia dos aparelhos e interfaces. Não é somente as pessoas que estão adaptando suas rotinas aos novos aparelhos tecnológicos, mas também os aparelhos e interfaces se adaptam aos usuários conforme seus interesses e necessidades.

As interfaces adaptativas se apresentam promissoras na tentativa de superar os problemas atuais de complexidade na interação homem computador. Cada vez mais as aplicações se tornam mais complexas, levando o usuário a tratar uma grande quantidade de informações simultaneamente. Para melhorar esta interação, é necessário interfaces que sejam capazes de se adaptar as necessidades do usuário.

Para que a interface seja considerada adaptativa, é necessário um modelo do usuário, onde o sistema analisa as ações e perfis do usuário e adaptando-se automaticamente ao mesmo. A interface é considerada adaptável, quando realiza as adaptações unicamente no momento em que o usuário a requisita, ou seja, o usuário adapta o sistema a seu modo. Adaptar o usuário ao sistema significa oferecer-lhe treinamento, documentação, tutores, facilidades de ajuda entre outras, enquanto o sistema permanece fixo. Este enfoque apresenta a desvantagem de exigir do usuário dedicação de tempo para aprender a usar o sistema, tempo este que não é utilizado em atividade produtiva.

Sistemas adaptáveis permitem ao usuário adaptar seu próprio ambiente às suas preferências. Utilizando-se interfaces adaptativas o sistema pode ser personalizado para estilos cognitivos individuais, necessidades de informações e tarefas personalizadas. As diferenças de cada usuário que podem ser controladas, pelo projeto da interface, são: a personalidade, o estilo cognitivo, o estilo de aprendizagem e a experiência. Um exemplo disso é citado no texto “Interfaces moldáveis e seu uso no ambiente” que fala sobre o vídeo abaixo:

“A fala de Sean Follmer mostra o poder de interatividade de interfaces que se moldam ao usuário. Essas interfaces poderão compor, não só telas e dispositivos, no futuro, como estarem espalhadas pelos ambientes, mobília, e pela cidade, facilitando tarefas corriqueiras, por meio de adaptabilidade.”

E para melhorar esse tipo de iteração do usuário, é necessário interfaces que sejam capazes de se adaptar as necessidades do usuário. Para ter uma interface considerada adaptativa, é preciso um modelo do usuário, com esse modelo será possível que sistema consiga analisar as ações do perfil do usuário assim é possível que o sistema se adapte automaticamente ao perfil do usuário.

Um outro exemplo de Interface Adaptativa é quando o usuário defini que não quer ver mais daquele conteúdo, categorizando ele como desinteressante ou como algo que o usuário detesta.

Algumas interfaces que utilizam dessa adaptação para com o usuário são: Facebook, Youtube, Pinterest, Tumblr, Twitch, SoundCloud, Spotify, etc.

Um dos motivos necessários para o desenvolvimento de sistemas com Interfaces Adaptativas é a criação de aplicações complexas. Isso faz com que os usuários necessitem de algum guia para usar determinadas partes da aplicação, principalmente se estas são pouco utilizadas. Pode acontecer também que tais aplicações sejam confusas para o usuário. Outro motivo são as aplicações que contêm muitas informações que precisam ser apresentadas ao usuário, nestas aplicações é preciso utilizar técnicas para determinar quais informações são mais pertinentes àquele usuário, de maneira que não ocorra uma sobrecarga de informações.

Essa adaptação de conteúdos das paginas são ótimas para manter o engajamento do usuário, porem, acaba fornecendo a ele somente informações das quais foi categorizado por ele ou para ele, deixando algumas outras informações de lado ou ate em menos destaque. Quem nunca curtiu?seguiu uma pagina do Facebook e depois nunca mais viu conteúdo dela no seu feed de noticias? Isso ocorre com muitos usuários, e com isso prova que essa adaptação ainda irá ser desenvolvida cada vez mais para fornecer os melhores conteúdos possíveis do interesse de seu usuário.