Interfaces responsivas
O termo “Web Design Responsivo”, definido por Ethan Marcotte, pode ser caracterizado pela adaptação visual de uma página ou interface a qualquer dispositivo em que seja visualizada, sem a necessidade do uso de versões específicas para cada modelo. Podem se referir na adaptação ente tipos de dispositivo, como entre computadores e smartphones por exemplo, entre navegadores de internet ou até mesmo na orientação da página (retrato ou paisagem). Esse “movimento” descarta o uso de pixels fixos, como era comumente utilizado, e se baseia em porcentagens e proporções.
Muitos preferem criar diferentes versões para diferentes dispositivos (como smartphones vs. computadores desktop), algo bom pela adequação ao dispositivo, atendendo bem as peculiaridades de cada um. Porém, existe a necessidade de uma manutenção e atualização constante entre todas as versões, e isso gera uma duplicação no trabalho, e consquentemente no tempo e no dinheiro. Dessa forma, as interfaces responsivas disponibilizam o mesmo conteúdo, sendo a diferença a forma como este conteúdo se distribui na tela.
No final do século passado, para início dos anos 2000, a internet ainda era considerada apenas uma ferramenta. Apresentava diversas funcionalidades, mas em geral era apenas um depósito de conteúdo, seguindo a linha do Brutalismo. No entanto, com a adesão de mais usuários, as páginas da web e os sistemas operacionais começaram a ser polidos e criar uma linguagem própria, além da diminuição das restrições técnicas. Com isso, e com o pensamento sendo focado cada vez mais para o usuário do que para a funcionalidade, esse tipo de interface começou a ser utilizado lentamente nos anos 2000. Os maiores problemas giravam em torno dos vários navegadores de internet, e posteriormente dos vários tamanhos de tela.
Só a partir dos anos 2010, com a grande quantidade de dispositivos surgindo no mercado, e o aumento considerável da utilização de smartphones como principal meio de visualização de paginas da web, é que as interfaces responsivas se tornaram praticamente uma obrigatoriedade. O excesso de informação e carga visual foram cortados, e agora o usuário possui um novo modelo mental, propenso a utilização da web.
A partir disso, o próximo passo das interfaces responsivas é bem possívelmente o mundo real, saindo da limitação das telas e se ajustando ao mundo físico do usuário.