Meu amigo vlogger

Priscilla Meiler
Tendências Digitais
2 min readNov 22, 2016

Quando pensamos em vlog, logo pensamos em vloggers, ou seja, a pessoa por trás das câmeras. A pessoa cuja vida estamos acompanhando. O “ator” e “produtor”. Assim como expressado por Caroline Nohama, em seu texto Vlogueiras, “Parece que quanto mais a tecnologia avança, mais a carência das pessoas por atenção tem aumentado. Muitas pessoas vêem a internet como um meio de se expressar para o mundo e de se relacionar com outras pessoas com interesses semelhantes”. Talvez seja essa carência, mencionada por Caroline, que faça com que as pessoas se identifiquem tanto, e tenham esse interesse em assistir vlogs com a vida dessas personalidades.

Esse contínuo feed da vida do vlogger, muitas vezes leva o espectador a criar um tipo de vínculo com o vlogger. E interação, mesmo que muitas vezes ignorada por parte do vlogger, pode ser algo interessante para o espectador. Algo para tampar o buraco da carência, como uma projeção de um amigo naquela personalidade.

Essa mesma projeção também ocorre no Tumblr, por exemplo, como identificado por Maria Eugenia Raulino, porém em uma escala menor. No YouTube, com os vlogs, é praticamente possível viver ao lado daquela pessoa.

Um exemplo de Vlogger fácil de se identificar e criar essa interação, mesmo que irreal, é Nikki Limo. Toda semana ela publica um vídeo com o resumo da semana. Esse vídeo normalmente inclui cenas dela conversando com o espectador no carro sobre um assunto qualquer, quase como se fosse sua amiga. Essa interação que ela tem com a câmera, de certo modo faz com que o espectador perceba como se essa interação fosse com ele, criando assim essa proximidade.

Existem também aqueles Vlogger com o qual o espectador não consegue criar uma empatia tão grande, como o caso apresentado por Matheus Dalla, em Vlogueiros “de menor”. Esses vloggers podem não facilitar essa interação entre os dois lados da tela, e por esse motivo, o conteúdo desses canais fica “pobre” e não chama muita atenção.

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