Interfaces intangíveis

That’s WHY
Tendências Digitais
3 min readNov 27, 2016
Os Incríveis

O hardware visivelmente chamativo sempre esteve com os dias contados. As ficções projetuais, por mais diversas em sua temática, compactuam na premissa de que os gestos e os comandos de voz irão predominar as interações com as interfaces do futuro. A hegemonia da tela na atualidade será substituída pelos hologramas e pelas projeções em diversas projeções do futuro. Os exemplos clássicos de Homem de Ferro e Blade Runner ilustram muito bem essa realidade.

O curioso é que, segundo as novas tendências de interação com interfaces do nosso cotidiano, até mesmo o input de dados pela digitação tende a acabar, substituídos pelos mais modernos e sensíveis sensores que surgem a todo momento nas recém-lançadas tecnologias. Os assistentes virtuais always on são um voto nesse mesmo futuro, em que todos os movimentos do corpo são considerados como interação com as interfaces. Além das tecnologias de captação de interações corporais no mundo dos games, como o Nintendo Wii e o Kinect do Xbox.

Algumas tendências já catalogadas indicam que a guinada não para rumo à esse futuro onde a interação tecnológica predominante exige principalmente expressão corporal:

De certo modo, não é só digitação que tende a ser deixada de lado nas predominantes formas de interação, mas também a interação por toque com o hardware. Isso cria cada vez mais uma tendência de distanciar o hardware, distribuindo o software em um ecossistema de tecnologias sem fio e tornando-o onipresente.

Essas projeções criam claramente um desejo de tornar a parte programada e física da tecnologia o mais invisível possível, na tentativa de um dia interagirmos apenas com uma super inteligência artificial que entenda nossas dúvidas mais grotescas e transforme-as em buscas e surja com qualquer resposta que seja, dispondo-as interativamente em telas gigantes, que captam os nossos movimentos mesmo estando a metros de distância.

Ficção projetual do filme Her

Na prática, tudo isso já existe em manifestações mais simples e mostram que também têm um lado um tanto caótico. Imagine qualquer movimento involuntário que pode causar uma ação indesejada nas interfaces ao redor. Comandos de voz sendo ativados o tempo todo por reconhecerem equivocadamente as frase de ativação, como “Ok Google” ou “Eaí, Siri”. Além disso, assim como no caso do Nintendo Wii e do Kinect, essas interfaces exigem predisposições físicas que excluem perfis com certas deficiências, ao mesmo tempo que abraça outras singularidades que se beneficiariam dessas tecnologias.

A imaterialidade das interfaces futuras se mostra um destino comum na evolução da interação tecnológica, influenciando uma série de tendências que torna esse ideal cada vez mais uma realidade próxima.

Amigos usando o Kinect do Xbox
No iPhone 6S, a assistente pessoal dispara com o comando “Hey Siri”, dispensando o contato com o celular

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