Pets robôs

Fernanda Okumoto
Tendências Digitais
3 min readMar 22, 2017

Existem vários estudos que comprovam os benefícios da convivência com animais de estimação, tais como a queda da pressão arterial, dos colesteróis e do sentimento de solidão. Não é difícil encontrarmos pessoas que apreciem essa companhia — mais da metade da população ocidental possui pelo menos um animalzinho. Porém, várias delas são incapazes de tê-los em seus lares — seja por não conseguirem dedicar muito de seu tempo, por morarem em locais que não autorizam animais, por serem alérgicos e/ou terem familiares que o são, porque os responsáveis não permitem, entre outros.

Robô “street cleaner”

A tecnologia avança ininterruptamente, e o ramo de robôs cresce cada vez mais. Muitos deles possuem funcionalidades que agregam algo no cotidiano das pessoas — como realizar serviços braçais, domésticos ou fornecer dados sobre o tempo, horário, etc. Robôs tem tomado os lugares das pessoas em certos papéis gradualmente, e não são apenas elas que tendem a perder espaço. O astrofísico Neil deGrasse Tyson afirma em um e-mail:

“Cars have replaced horses. Home security systems have replaced guard dogs. Internet kittens are cuter than your kittens. Pooper-scooper laws are unnecessary for cuddly stuffed animals on your bed. And your pet bird should have never been kept in a cage to begin with. Robot pets are inevitable. And possibly overdue.”

Hoje em dia, essa invenção poderia ser um grande benefício àquelas pessoas que, pelos motivos listados previamente, não podem ter um animal ao seu lado. Cada vez mais as pessoas têm se envolvido em rotinas estressantes que consumem grande parte de seus tempos, limitando seus momentos de lazer. Essas mesmas pessoas dificilmente têm condições de criar um animal de estimação, pois este seria deixado sozinho por grande parte do dia. Robôs não necessitam de atenção constante, nem possuem necessidades básicas a serem supridas. Ele pode ser ligado e desligado conforme o dono queira.

Mas, futuramente, de acordo com Dr. Jean-Loup Rault, os animais de estimação se tornarão economicamente inviáveis para as pessoas. Somente aqueles que conseguirem suprir todas as necessidades — sociais, mentais e até de espaço que eles precisam, terão o luxo de possuí-los.

A partir do momento em que é ligado, esse robô se comporta como um animal de estimação: anda pela casa, olha para os lados e segue o dono. Quando pego no colo, se comporta, mas continuará se mexendo e aceitando o carinho e atenção, sendo estes recíprocos. Ele também não precisa de um período de adaptação com o ambiente nem com a pessoa.

Outras funcionalidades podem ser exploradas, sendo opcionais ou estarem presentes de acordo com o modelo do robô. A capacidade de falar e/ou fornecer dados sobre o tempo/previsão, horário, dar lembretes, conversar sobre alguns assuntos, tocar música, etc — são apenas áreas que podem ser exploradas, mas o pet robô consegue cumprir seu papel/objetivo principal como sendo apenas de companhia.

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