Representatividade social em personagens

Rubens Beraldo Paulico
Tendências Digitais
2 min readNov 16, 2016

A busca por representatividade no mundo do entretenimento não é recente. Milestone Media, fundada por Dwayne McDuffie já buscava desde a década de 90 trazer minorias (em destaque as minorias raciais americanas) para o mundo dos super-heróis. 20 anos depois, a representatividade negra no mundo do entretenimento ainda é motivo de controvérsia.

Peronagens da Milestone Media

Esta luta por representatividade também abrange gênero, com mulheres buscando serem representadas em jogos e filmes. A discussão levantada por essa luta levou ao surgimento de celebridades virtuais, como Anita Sarkeesian, criadora do Feminist Frequency e cuja principal pauta está na crítica feminista aos grandes jogos da indústria de entretenimento.

Kamala Khan e Miles Morales

No ramo de histórias em quadrinhos, a Marvel tem buscado atingir as demandas deste público. Kamala Khan, uma super-heroína adolescente e muçulmana se revelou um sucesso de vendas e premiações por representatividade.

Junto com Kamala, Miles Morales também se revela outro sucesso. O sucesso de ambos provavelmente inspirou a criação de mais uma super-heroína, Riri Williams.

Riri Williams reparando sua versão da armadura do Homem-de-Ferro Tony Stark

Se a representatividade de gênero e raça vem ganhado força nos últimos anos, a representatividade de orientação sexual no entanto parece paralisada. No início de 2016 a série The 100 se tornou o epicentro da controversa de representatividade de homossexuais. Com a morte de uma de suas personagens, a série trouxe à luz uma tendência antiga no mundo do entretenimento: o trope Bury Your Gays (Enterre Seus Gays em tradução literal). O Movimento We Deserved Better busca denunciar e lutar contra a homofobia ainda presente no meio.

Enquanto a representatividade LGBT patina no Mainstream, com poucas exceções, a internet traz relento à esse público em sua produção underground, quebrando padrões sociais.

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