Self Insertion

Raquel Gilber
Tendências Digitais
3 min readApr 10, 2018

O ser humano sempre buscou se projetar nas coisas que faz ou que consome, e isso não é diferente para os jogos. Mas um simples elemento permitiu que essa auto-projeção se potencializasse: A customização de personagem.

No princípio da franquia Pokémon somente era possível escolher o gênero e o nome do personagem, hoje em dia pode-se trocar a roupa, tom de pele, cabelo e cor dos olhos.
Customização do Mii.

Existem dois animes que mostram bastante isso: Sword Art Online, que é um exemplo mais próximo do que realmente acontece nos jogos, e Baka to Test to Shoukanjuu.

No primeiro episódio de Sword Art Online acontece uma cena interessante em relação aos avatares dos jogadores: Após o botão de sair do jogo desaparecer uma das coisas que acontecem são os corpos criados e customizados dos avatares serem trocados pelo físico verdadeiro dos jogadores. Alguns personagens ficaram completamente diferente (até com o gênero trocado em alguns casos) demonstrando o gosto dos jogadores por assumirem um alter ego ou construir uma persona completamente diferente de si mesmos para jogar.

O mesmo não pode se dizer de outros personagens, como o protagonista Kirito, o qual apresenta grande semelhança física com seu personagem, com diferenças pontuais como altura e exato estilo do cabelo, o que não se sabe se ele não acrescentou de propósito pois queria uma versão mais idealizada de si mesmo, ou se não haviam tais opções na customização do jogo. Os demais jogadores sofreram uma auto-projeção involuntária.

Outro anime que também trabalha esse assunto é Baka to Test to Shoukanjuu.

A história retrata o sistema diferenciado do colégio Fumizuki que gamificou a educação para incentivar os alunos a serem mais estudiosos. Nesse sistema cada aluno possui um avatar (que é uma versão miniatura, ou chibi, de si mesmo) e a força deste depende diretamente de suas notas.

Neste caso também não pode-se dizer que há auto-projeção dos personagens dentro do jogo pois eles não aparentam ter opção de customizar os avatares para serem diferentes deles.

Antigamente a customização de personagens em jogos era apenas um atrativo, mas hoje em dia existem jogos cuja premissa é a auto-inserção do jogador, como já era o caso do Buddy Poke, que ficou muito conhecido na época do Orkut (sendo praticamente o avatar do usuário) e, atualmente, o Second Life.

Anúncio do Second Life.

Outra franquia de jogos bastante atrativa para pessoas que gostam de se ver dentro do jogo é The Sims.

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