Vídeos verticais

De animais de fazenda aleatórios aparecendo em um estacionamento a produções cinematográficas, os vídeos verticais andam aparecendo internet em grande quantidade. São caracterizados pela proporção “retrato”, em que a base do vídeo é menor que a sua altura, ao contrário do formato “paisagem” ou panorâmico, e normalmente possuem o aspect ratio de 9:16.

No entanto, os vídeos verticais são depreciados por muitos internautas e profissionais da área audiovisual, por não se encaixar nos padrões horizontais estabelecidos tradicionalmente, como televisão, cinema e o próprio YouTube.

Existe uma forte relação entre o formato da tela e a tecnologia envolta por trás. Os smartphones, nos dias atuais, são o tipo mais popular de câmera, estando presente em praticamente todos os novos aparelhos. Desde o primeiro aparelho telefônico, o formato é vertical para a pessoa poder colocar uma extremidade no ouvido para escutar, e outra na boca para poder falar, sendo confortável para usá-lo com apenas uma mão. Com o passar dos anos, mais e mais funções foram adicionadas ao aparelho, mas seu formato permaneceu similar.

A interface dos aparelhos móveis também seguem o padrão vertical, estudado e adaptado para o uso confortável pelo usuário. Dentro dessa questão, entram aplicativos como Snapchat. A funcionalidade do Snapchat engloba no compartilhamento de vídeos e fotos de pouca duração, e de forma casual. O conteúdo é capturado e também assistido dentro da rede social, que é exclusivamente projetada para dispositivos móveis e dessa forma, o conteúdo é quase inteiramente na vertical.

Com a população passando mais tempo em frente à dispositivos móveis, e menos em mídias mais tradicionais como o televisor, a tendência é que vídeos verticais cresçam mais em número e se tornem um formato padrão. O número de empresas apostando em propagandas no formato retrato também está crescendo, visto que anúncios nesse formato são mais assistidos que os horizontais em plataformas móveis. As principais plataformas de streaming de vídeo, como o Youtube, Vimeo e o Facebook também estão se adaptando, otimizando a visualização do vídeo vertical e, além disso, estão surgindo os primeiros festivais de vídeo vertical.