Wearables Biométricos

Patricia Lupi
Tendências Digitais
4 min readMar 20, 2018

Incorporar a tecnologia a ponto de ela se tornar uma extensão é um fato que vem acontecendo muito nos dias atuais. Um exemplo comum e rotineiro é o celular que atualmente é uma extensão do braço. Raramente encontramos alguém que não o use como um mini computador, o tempo todo e por inúmeras razões.

Já as tecnologias vestíveis (wearables) chegaram para realmente se tornar uma parte do corpo, pois o usuário passa a ter facilidades e benefícios que antes não teriam se tivessem um aparelho inteligente no corpo.

Caso queira conhecer um pouco da história de wearables, veja o link abaixo.

Os mais conhecidos são as pulseiras inteligentes (fitband) com sensores para medição de batimentos cardíacos, da qualidade do sono, da quantidade dos passos, entre outras funcionalidades. Sem contar os relógios inteligentes de marcas como Apple, Google que são miniaturas de celulares, que além de realizar todas as funções de um smartphone, também possui sensores para medir vários dados biométricos. Ou seja, o usuário dessas tecnologias vestíveis inteligentes possuem acesso quase, quase instantâneo, aos dados que o corpo humano produz.

O que vem acontecendo é que muitas pessoas tem visto nesse cenário uma variedade oportunidades, formas de melhorar a qualidade de vida e até de ganhar dinheiro. Vários TEDs podem ser encontrados o tema wearables e com todos os benefícios que eles podem proporcionar . Seguem, para os mais curiosos, alguns exemplos dessas palestras:

Veena Misra, aponta os benefícios do uso contínuo da medição dos dados biométricos aliado a produção de bateria pelo próprio corpo. Mas atenção seja dada para como os vestíveis inteligentes podem ter um impacto na saúde, ela fala como os dados que são coletados podem ser trabalhados de formas mais efetivas:

Fitbands da FitBit

Os dados biométricos sendo usados para a saúde é uma tendência que vem crescendo, indicados pelo crescimento das vendas de pulseiras inteligentes principalmente da marca FIT BIT, que bate de frente com a Apple quando o mercado é wearable. Para comprovar a matéria do site Kantar postada no dia 26.01.2017 tem o título “Em 2016, vendas de pulseiras fitness ultrapassou a de smartwatches”.

O mapeamento de dados do corpo está avançando de forma que essa marca propõe às usuárias a funcionalidade de controle menstrual, aplicativos que antes eram somente para celular, agora terão dados mais precisos adquiridos pelo wearable Versa, Smartwatch da voltado a atividades físicas. O site The Verge escreveu como que está sendo proposta essa nova funcionalidade:

Here’s how Fitbit’s period-tracking feature is supposed to work when it rolls out this spring: it’s free and will work not only on the Versa watch, but on the Fitbit Ionic watch and in the mobile app as well. If you indicate during the Fitbit onboarding process that you’re female, the app will ask if you want to opt in to tracking your menstrual cycle. Once you do that and begin telling the app when your period starts and ends, the app will show your predicted period week as pink, and your predicted fertile window as blue.

Fora esse avanço do mercado, eles também tem se expandido para outras faixas etárias, como fitbands para crianças a partir de 8 anos, o site Clube do Hardware escreve:

O relógio é feito de elastômero flexível, tem tela OLED que mostra informações básicas e frases de encorajamento, conectividade Bluetooth 4.0 com a tecnologia LE, acelerômetro de três eixos, certificação IPX7 de resistência à água, bateria com autonomia de até cinco dias e vem com um software que incentiva as crianças a fazerem atividades físicas, monitora a quantidade e a qualidade do sono e envia mensagens comemorativas e símbolos colecionáveis sempre que os objetivos são alcançados.

Portanto todo esse mapeamento de dados está se apresentando como a ponta de um iceberg de descobertas nas áreas de especialização das condições do corpo humano, de prevenção de doenças, pesquisa dos efeitos do remédios, assim como na prospecção de longevidade dos seres humanos.

Em um futuro próximo, os dados serão utilizados com mais efetividade na saúde, pois hospitais e médicos que poderão se adaptar para ter e trabalhar com o acesso a eles e dessa forma prescrever diagnósticos mais precisos e com mais antecedência.

Fitbit Versa

Em um projeção de um futuro desejável o monitoramento desses dados vão agregar à qualidade de vida das pessoas. Na projeção mais indesejável esses dados podem ser usado para fins somente comerciais e lucrativos, numa visão bem pessimista potencializando todas as más intenções das indústrias .

O que pode ser feito, como consumidor, é ficar antenado às novidades e aos termos de uso, utilizando da influência que temos sobre as marcas, por causa das redes sociais, e lutar para que o cenário seja o mais equilibrado possível, visando sempre a qualidade de vida.

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Patricia Lupi
Tendências Digitais

UX Designer inciante, com muito interesse em impacto social, empreendedorismo e tecnologia.