Sheldon Cooper e a cultura Geek

Hoje, mais do que nunca, a linha entre a cultura Geek/Nerd e a cultura “mainstream” está muito tênue.

Luís Felipe Tissot
Tendências Digitais
2 min readApr 30, 2016

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Há 10 anos, o termo nerd era pejorativo, ofensivo. O adjetivo era sinônimo do cara socialmente esquisito que sentava na primeira carteira e tirava dez em tudo. Com o tempo esse estigma foi mudando, evoluindo e atualmente ser nerd é algo tido como cool. Um fenômeno cultural que nada relembra às origens do termo.

“Becoming mainstream is the wrong word; the mainstream is catching up”
— Wil Wheaton

O personagem que talvez melhor represente este tipo de cultura é Sheldon Cooper, um cientista nerd na acepção da palavra. Fã de quadrinhos, filmes de heróis e action figures, é protagonista de The Big Bang Theory, uma das séries com maior audiência nos Estados Unidos.

É nítida a avalanche de conteúdo voltado à este público entrando em cartaz nos cinemas e no horário nobre das televisões a cabo, reflexo da adoção deste tipo de cultura por um grande número de pessoas. Hoje qualquer um pode discutir quantos “Gigas” de RAM seu smartphone tem, coisa que era dedicada apenas aos gênios esquisitões da computação. Video-games, séries, filmes se tornaram assunto comum na maioria das rodas de conversas. Star Wars deixou de ser nerd para ser Pop. Assistir a WWDC tem se tornado comum: milhares de espectadores aguardam ansiosamente pelos lançamentos da Apple.

O tipo de conteúdo consumido, por vezes, acaba se tornando mais intelectual. Uma reformulação completa no cenário cultural e de tecnologia foi feita de forma a se adaptar ao crescente número de fãs deste tipo de material. Esperamos que daí venha uma geração mais inteligente e crítica.

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