Raquetes para performance e conforto (2017)
Olá pessoal, dentre os e-mails que recebo diariamente, uma pergunta se destaca: Quais são as raquetes que aliam performance e conforto? Devo dizer que não é fácil aliar essas duas características. Neste ano testei algumas raquete que conseguem entregar um desempenho elevado, e mesmo assim, propiciar conforto. Ainda, devo ressaltar que cada raquete é recomendada para um tipo/estilo de jogador. Portanto, não adianta querer comprar a raquete X porque uma pessoa usa, e não ser o equipamento que casa com o seu jogo. No tênis, assim como em várias coisas na vida, o mais importante é se conhecer, entender seus pontos fracos e fortes.
Sendo assim, sem colocar numa ordem específica, vou falar de quatro raquetes que eu recomendo (dentre as que testei neste ano), são elas:
- Yonex Ezone DR 98
- Wilson Blade 2015 98 18×20
- Prince Textreme Tour 100P
- Prince Textreme Warrior 100
Antes de falar de cada raquete, mostro aqui um quadro comparando as características principais de cada uma dessas raquetes.
Temos aqui raquetes com características diversas, sendo que, cada uma é recomendada para um tipo de jogador. Agora, falarei resumidamente de cada uma e também do perfil de jogador que pode se encaixar nela.
É uma raquete super estável, tem um feel excelente e um grande sweetspot. Mesmo com um padrão de cordas 16×19, na região do centro da raquete as cordas ficam bem próximas (padrão fechado), o que privilegia o controle em detrimento do spin. É uma raquete para jogadores agressivos, que gostam de batidas mais retas.
Recomendo para jogadores de nível avançado, que gostam de agredir da linha de base e que gostam de uma batida mais reta, o típico All-Court (jogador completo) ou Baseliner agressivo.
Dica: Usar 2 libras a menos nas cordas cruzadas (cross) em relação as principais (mains) ajuda a aumentar o spin. Ainda, a DR 98 é bastante manuseável e estável, sendo excelente para quem bate o backhand de uma mão.
É a raquete com perfil mais “profissional” desta lista, sendo amplamente utilizada entre os juniores e também entre profissionais. É estável, com bom feel e tem bastante controle. Sendo que o padrão de cordas 18×20, garante excelente controle e boa durabilidade das cordas, com a técnica adequada, mesmo com a cabeça 98″ e padrão de cordas fechado ela pode gerar spin, mas sua grande virtude é a precisão e o controle. Com baixo peso, swingheight elevado e balanceamento (apenas 3 HL), produz bolas pesadas, mas pode ser um pouco lenta. Por esse motivo, acho essa raquete mais interessante para quem tem o backhand de duas mãos.
Recomendo para jogadores de nível avançado, que gostam de agredir da linha de base, com bolas pesadas. É uma raquete que cansa bastante durante o jogo, portanto, prepare o físico para jogar com ela. O típico Baseliner agressivo (de nível competitivo) vai tirar o máximo de vantagem da Blade 98 18×20 (2015).
Dica: Cordas finas e tensões mais baixas ficam excelente nesta raquete.
É talvez a raquete mais “amigável” da lista, aliando conforto, manuseabilidade, controle e um amplo sweetspot, do meu ponto de vista foi um dos maiores acertos da Prince nos últimos anos. Mesmo tendo o padrão de cordas 18×20, este é bem aberto, o que garante o sweetspot generoso e um spin excelente. Posso dizer que esta é uma raquete que surpreende, bastante manuseável, com controle, spin e conforto acima da média. A única coisa que falta as vezes é potência.
Recomendo para jogadores de nível intermediário/avançado, que gostam de variar o jogo, buscando ângulos, mudanças de peso e de efeitos. Ainda, recomendo para quem tem histórico de lesões, ou para quem está buscando uma raquete de performance amigável.
Dica: Novamente, cordas finas e tensões mais baixas ficam excelente nesta raquete.
Prince Textreme Warrior 100
Para fechar a lista, trago aqui uma raquete twenner, bem ao estilo Pure Drive, ela não é tão confortável como as três raquetes citadas, mas na medida do possível ela é uma raquete de potência com conforto acima da média. Ela é basicamente blend da Pure Drive com a Pure Aero num pacote mais confortável, sendo potente, spin friendly, com um amplo sweetspot e leve. Obviamente não é uma raquete para pintar as linhas, ela é feita para gerar potência e propiciar golpes com muito giro, bastante seguros.
Recomendo para jogadores de nível intermediário/avançado, que preferem raquetes de potência, que buscam um jogo de fundo com regularidade e spin, o típico baseliner defensivo ou de contra-ataque. Deste modo, ela é quase uma Pure Drive confortável.
Dica: Cordas grossas ajudam a controlar a potência e a melhorar a durabilidade das cordas nesta raquete (em detrimento do conforto).
Por fim, resumindo, montei uma tabela com as minhas recomendações para raquetes confortáveis para cada estilo/nível de jogador. Confira a seguir:
Essa tabela são recomendações, não estou dizendo, “compre!” O ideal é você testar as raquetes, conversar com o seu professor, experimentar, e aí sim escolher a raquete que melhor se adapta para você. Portanto, pense bem antes de comprar e, também, reconheça seu nível e estilo.
Devo reforçar que essas quatro raquetes são recomendações minhas dentre as raquetes que joguei neste ano (2017). Existem raquetes de outras marcas e modelos que também podem ser confortáveis e ter um bom desempenho, como exemplo, as marcas Pacific, Volkl e Tecnifibre são amplamente reconhecidas por produzirem raquetes com conforto acima da média, vale a pena dar uma olhada.
Finalizando, o conforto é um conjunto de fatores, sendo os mais comuns a raquete e a corda, portanto, não adianta usar uma raquete com RA 57 e uma corda extremamente dura, por exemplo. Em breve vou postar um artigo sobre cordas confortáveis, o ideal é sempre fazer uma escolha equilibrada entre a raquete, corda, grip e tensão.