O papel de um(a) gerente NÃO deveria ser…

A função de coordenador(a)/gerente/”líder”*/”chefe”* de um escopo NÃO deveria ser:

• ter respostas certas e prontas para situações complexas.
• saber ou demonstrar que sabe tudo.
• conhecer o futuro e ser um oráculo.
• ser o(a) salvador(a) do mundo ou super-herói em qualquer situação.
• fazer a pessoa ‘dar o sangue’ (que expressão sinistra!).
• fazer “gestão de pessoas” ou motivar as pessoas.
• concentrar toda a gestão do trabalho de um escopo em si. — “gestão é importante demais para ser deixada apenas para os gerentes” — Jurgen Appelo.
• exigir relatório (report) detalhado exclusivo para si de alguém sobre tarefas.
• micro-gerenciar trabalho.
• dizer a uma pessoa do grupo COMO o trabalho dela deve ser feito, desrespeitando a autonomia do papel dela.
• ‘passar recado’ de chefes acima para baixo e ser operador de telefone sem fio.
• convencer alguém a ficar de qualquer forma na empresa.
• demitir alguém da empresa. Você não deveria ter poder concentrado de desligar alguém sozinho(a), apenas por considerar que a pessoa não esteja desempenhando bem um papel no escopo que você coordena. Isso é bem diferente de ter acordado que você possa desvincular uma pessoa do papel de um escopo que você coordena.

Quando alguém acredita e investe seu tempo nessa lista, vejo uma armadilha envolvendo PODER, CONHECIMENTO e MOTIVAÇÃO.

Provavelmente está deixando de cumprir com responsabilidades importantes para apoiar o trabalho do grupo e adaptar o sistema organizacional. E, com isso, possivelmente deixando, ou colocando, obstáculos no caminho do trabalho das pessoas do grupo.

Uso de palavras:

• Líder: usei a palavra no sentido de “líder funcional”. Algo combinado como uma função com determinadas responsabilidades na organização. A palavra “líder” sozinha, denota que há “seguidores” e pode estar mais relacionada a um fenômeno que surge voluntariamente.
• *Chefe: usei essa palavra apenas por algumas pessoas poderem se identificar ou identificar pessoas em hierarquias superiores dessa forma. Não considero um bom uso de conceito — e nem de “cargo” — pela carga de poder concentrado que oferece.