COLABORAÇÃO NA CIDADE
Uma das marcas dos tempos atuais é a adoração do “eu”. Vivemos em tempos onde “se o problema não é comigo então não é problema meu”.
E o mais triste é ver que esse pensamento entrou nas igrejas. Geralmente, quando líderes eclesiásticos entram no poder público é para pedir (geralmente para a própria igreja). Isso gera uma aversão ao cristianismo. Culpa nossa mesmo. Teologia fraca que é produzida e consumida pela igreja brasileira. A Palavra para nos púlpitos e não avança para a vida comum.
Como era diferente quando a igreja era centrada no evangelho. Centrada em Cristo. No puro Evangelho e em seus desdobramentos. Entendendo a justificação pela graça de Cristo, ela mostrava misericórdia e responsabilidade para com o próximo e para com o comum.
No livro de Atos dos Apóstolos, vemos uma igreja que centrada em uma teologia firme, vivia em unidade e responsabilidade, e justamente por isso estava “desfrutando a simpatia de todo o povo.”(Atos 2:47).
Jesus nos chama a responsabilidade, quando vemos um problema não podemos mais fugir dele, se o problema se apresenta a nós, ele não é mais “de vocês” mas é “nosso”.
Uma vez que agora sabemos de nossa responsabilidade para com o comum, como podemos ser mais participativos para com o lugar onde vivemos?
Uma das maneiras de assumir a responsabilidade pela cidade, junto ao poder público é pensar no Orçamento Participativo (OP).
O orçamento participativo é um importante instrumento de complementação da democracia representativa, pois permite que o cidadão debata e defina os destinos de uma cidade. Nele, a população decide as prioridades de investimentos em obras e serviços a serem realizados a cada ano, com os recursos do orçamento da prefeitura. Além disso, ele estimula o exercício da cidadania, o compromisso da população com o bem público e a corresponsabilização entre governo e sociedade sobre a gestão da cidade.
Algumas prefeituras já começaram com o OP. Aqui em Pederneiras, já abriram as propostas em 16/06 e vão recolher até dia 15/07. Na bio, tem um link que explica como participar, mapas dos setores da cidade e até um glossário para entender melhor alguns termos.
Vamos assumir nossa responsabilidade pela cidade, com sugestões firmadas no evangelho e seus desdobramentos, para assim responder o chamado dos cristãos à trabalhar pela paz e pela prosperidade da cidade em que estamos. Orar por ela e pela prosperidade dela ao Senhor. (Jeremias 29:7)
