A metamorfose da indústria de cosméticos: por que mudanças na sociedade = mudança no mercado.

Mayara Viana
teorias-comunicacao
3 min readNov 28, 2017

"Ativismo político vende". Não é de marketing, seu interesse por estudos culturais definitivos e um candidato forte. Nos anos anteriores como empresas de cerveja, se distanciando do estereótipo de um produto com marketing voltado para homens que gostam de mulheres de biquíni. Em 2017, empresas de cosméticos finalmente começaram a abrir os olhos para uma parcela de mercado que era ignorada até agora: uma maquiagem para uma pele negra.

Parece algo óbvio em um país com mais de 50% da população de peles negras e pardas, como empresas teriam interesse em oferecer produtos adequados a essas tonalidades. No entanto, a falta de representatividade não é um problema que afeta apenas o Brasil, graças à forte influência dos movimentos sociais, aliada à visibilidade como redes sociais, atualmente essa estatística começou a mudar. Um dos lançamentos mais comentados para uma nova linha de cosméticos é a Fenty Beauty da cantora Rihanna, nativa da ilha de Barbados e familiar com a falta de ofertas existentes. Ao lançar sua linha de maquiagem, um artigo anunciado pela uma linha de cosmético que ofertaria mais de 40 tonalidades de base e correções diferentes, prática comum de qualquer marca inicial como série de 10 à 12 tonalidades.

Uma representação de um segmento populacional, sem mercado de qualquer produto, não significa que seja um mercado pouco reconhecido como poder de compra, assim mostra o interesse empresarial em atrair novos consumidores.

Isso é refletido na forma de como as marcas de cosméticos passaram a anunciar seus produtos este ano, atentas em agradar mais a população de negros e pardos no Brasil. Produtos novos para cabelos naturais, comercializados para representar diferentes tonalidades de pele, constituição física e até gêneros.

Fenty Beauty oferece 40 toneladas de base (Foto: Getty Images)

Essas mudanças acontecem de forma universal, pois são o reflexo do que o público busca. Para empresas de cosméticos, o YouTube foi o palco de uma revolução. Consumidores passaram a se orientar por outros usuários, identificando-se com a ideia de “gente como a gente”. E os influenciadores que ganham fama nesse universo, muitas vezes, pessoas de peles mais morenas e cabelos mais crespos do que os padrões de beleza ditados por revistas de moda.

Para um trabalho de comunicação, uma mudança de paradigmas encontra uma explicação clara nos estudos culturais. Surgidos em meados dos anos 60 nos Estados Unidos. Esses estudos interdisciplinares buscaram evidenciar e investigar como mudanças na sociedade são provocadas por movimentos sociais, como o movimento feminista, o movimento negro, o movimento LGBT. Hoje em dia, em especial, o publico jovem passam a influenciar as por meia das redes sociais forçando as empresas a se repaginar e enfrentar os novos tempos.

Por Natalia Sagaydo e Mayara Viana.

Fontes : http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2016/10/1825432-marcas-de-cerveja-se-distanciam-do-estereotipo-da - mulher -de-biquini.shtml

http://www.gazetadopovo.com.br/viver-bem/moda-e-beleza/marca-rihanna-melhores-invencoes-do-ano//?utm_source=facebook&utm_medium=midia-social&utm_campaign=viver

http://www.gazetadopovo.com.br/viver-bem/moda-e-beleza/marca-rihanna-melhores-invencoes-do-ano//?utm_source=facebook&utm_medium=midia-social&utm_campaign=viverbem

https://pleno.news/comportamento/moda-e-beleza/mercado-de -maquiagem-ainda-nao-satisfaz -mulheres-negras.html

https://estilo.uol.com.br/beleza/noticias/ Redação / 2016/06/29 / homens-e- mulheres-transgenero-sao-estrelas-de-campanha-de-maquiagem-da-avon.htm

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