Teoria dos Estudos Empíricos Experimentais através da Lente do Cinema: Um Paralelo entre a Obra “Blade Runner” e a Ciência Empírica

Rafael Farias
teorias-comunicacao
3 min readJun 16, 2023

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A relação entre o cinema e a ciência não é uma novidade, com diversos filmes explorando conceitos científicos em narrativas envolventes. Neste artigo, concentramos nossa atenção no gênero da ficção científica, especificamente na obra “Blade Runner”, dirigida por Ridley Scott em 1982. Ao traçar um paralelo entre a teoria dos estudos empíricos experimentais e a narrativa do filme, buscamos ressaltar como ambos os campos convergem em sua busca por compreender e questionar a realidade.

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No campo dos estudos empíricos experimentais, a formulação de hipóteses é essencial para a construção de um experimento válido. Em “Blade Runner”, acompanhamos o protagonista, Deckard, interpretado por Harrison Ford, em sua jornada para identificar e “aposentar” replicantes, seres artificiais com aparência humana. Deckard formula a hipótese de que é capaz de distinguir replicantes de humanos com base em suas respostas emocionais e empáticas. Essa hipótese é testada repetidamente ao longo do filme, demonstrando a importância da formulação hipotética tanto na ficção quanto na ciência empírica.

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A experimentação é um pilar central dos estudos empíricos experimentais. Da mesma forma, “Blade Runner” apresenta uma série de experimentos para testar as habilidades e a humanidade dos replicantes. O teste Voight-Kampff, utilizado por Deckard, consiste em avaliar a reação emocional de um indivíduo ao responder a determinadas perguntas. Essa abordagem experimental destaca a importância da coleta de dados e da observação cuidadosa na ciência empírica, enquanto também enfatiza o questionamento de nossa compreensão sobre o que é humano.

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A observação atenta é um aspecto fundamental nos estudos empíricos experimentais, permitindo que pesquisadores identifiquem padrões, anomalias e desenvolvam teorias. Em “Blade Runner”, Deckard observa de perto o comportamento e as características físicas dos replicantes para cumprir sua missão. Suas observações minuciosas levam a descobertas que desafiam sua percepção da realidade e o forçam a questionar os limites da humanidade. Essa reflexão sobre a observação e sua influência na formação de nossas concepções é uma temática central tanto no filme quanto na ciência empírica, incentivando-nos a questionar o que realmente define a humanidade.

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Um dos aspectos mais intrigantes de “Blade Runner” é a maneira como o filme aborda a natureza da realidade e a essência da humanidade. Os replicantes, criados para serem quase indistinguíveis dos humanos, levantam questões filosóficas sobre o que realmente nos torna humanos. Essa exploração especulativa ressoa com as indagações científicas que surgem nos estudos empíricos experimentais, à medida que os cientistas buscam entender a complexidade da vida e da mente humana. Ambos os campos incentivam uma análise crítica das fronteiras entre o artificial e o natural, o real e o simulado.

Ao traçar um paralelo entre a teoria dos estudos empíricos experimentais e a obra cinematográfica “Blade Runner”, podemos destacar as interseções e os pontos em comum entre a ciência empírica e a arte do cinema. Ambos os campos têm como objetivo aprofundar nossa compreensão da realidade, seja através da formulação de hipóteses, experimentação, observação cuidadosa ou questionando os limites da humanidade. “Blade Runner” nos lembra que a busca por respostas nem sempre é linear, e muitas vezes envolve confrontar o desconhecido e desafiar nossas percepções estabelecidas.

Essa interação entre a teoria dos estudos empíricos experimentais e a obra cinematográfica nos convida a refletir sobre o impacto da ciência em nossa compreensão da realidade e a importância de manter um espírito questionador diante de avanços científicos e tecnológicos. Através da lente do cinema, somos desafiados a explorar as complexidades da existência humana, ao mesmo tempo em que reconhecemos a contribuição crucial da ciência empírica para nossa compreensão do mundo.

REFERÊNCIAS:

PORTO, Gabriella. Teoria Hipodérmica. InfoEscola. Disponível em: <https://www.infoescola.com/comunicacao/teoria-hipodermica/>. Acesso em: 26/03/2023.

TEORIA EMPÍRICO-EXPERIMENTAL. Comuniqueiro, 2021. Disponível em: <https://comuniqueiro.com/blog/Teoria-Empirico-Experimental>. Acesso em: 26/06/2023.

AS TEORIAS DA COMUNICAÇÃO PT II. Mundo Acadêmico RP. 2016. Disponível em:http://mundoacademicorp.blogspot.com/2016/02/as-teorias-da-comunicacao-pt-ii.html. Acesso em: 02/06/2023

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