Teorias da comunicação e relações públicas na internet: uma breve análise do filme ‘A Rede Social’
Quem nunca ouviu falar em teorias da comunicação e relações públicas? A gente te explica! Dentro do panorama das ciências da comunicação, há diversas teorias distintas e referenciais para analisar o campo comunicativo. Podemos falar em teoria funcionalista, teoria crítica, teoria hipodérmica, estudos culturais, estudos dos meios, interacionismo simbólico e muito mais. Curioso como são inúmeras possibilidades de se comunicar estrategicamente, não?!
Quando se traz para atuação nas Relações Públicas, desvinculando-se de uma aura impositiva, podemos pensar em novas perspectivas. Pensar em relações públicas na contemporaneidade é pensar numa nova versão da mesma, uma área tão abrangente que explora múltiplas funções e teorias comunicativas, voltada para os impulsos do comunitário e do que penetra a agremiação numa superfície mais íntima e inovadora.
Você sabe quem é Mark Zuckerberg? Se você utiliza alguma rede social, é impossível não já ter ouvido falar nesse nome. No filme A Rede Social (2010), Mark Zuckerberg (Jesse Eisenberg) é um gênio da computação graduando em Harvard, que trabalha numa ideia inovadora: uma rede social que conecte os alunos da sua universidade. Seis anos depois, a rede social de Mark, o Facebook, tem milhões de usuários espalhados pelo mundo, o que, consequentemente, o transformou em um dos homens mais poderosos da atualidade.
Segundo José Benedito Pinho e sua obra Relações Públicas na Internet (2003), aonde o mesmo fala sobre as funções de relações públicas e a maneira como elas podem se beneficiar da internet para dialogar com seus públicos e desenvolver seus relacionamentos. Para o autor,
“desde que atuem de maneira estratégica as relações públicas podem trabalhar de maneira significativa na projeção de uma imagem institucional positiva, além de criar uma boa reputação e influenciar os públicos com quem mantém relacionamentos, o uso da internet na prática de relações públicas promove uma série de benefícios como entrar rapidamente em contato com um determinado público, se tornar sempre disponível para disseminar informações, além de administrar crises com mais agilidade” (PINHO, 2003).
‘’Seis anos depois, a rede social de Mark, o Facebook, tem milhões de usuários espalhados pelo mundo, o que, consequentemente, o transformou em um dos homens mais poderosos da atualidade.’’
No filme, a linguagem de social media permeia as relações sociais para criar uma ilusão de conexão e esconder a artificialidade midiática, o usuário se torna amigo, compartilha conteúdos, dá likes. A ação de transmitir uma mensagem e, consequentemente (ou não), receber uma resposta, nos ajuda a dialogar com maior fluidez, como no caso de pessoas geograficamente distantes. Sendo assim, a comunicação na internet pode ser feita de diversas formas, encaixando-se em diversas teorias da comunicação.
Aliás, na pandemia de covid-19 as redes sociais se tornaram grandes aliadas da comunicação pessoal e comunicação corporativa, devido às medidas, ainda vigorantes, de distanciamento social. Portanto, compartilhar e repercutir constantemente a importância dos protocolos sanitários para prevenir o contágio da doença, assim como destacar e espalhar a importância da vacina, é fundamental.
“Toda tecnologia cria um novo ambiente humano, e assim sendo, esse novo ambiente exige novas maneiras de se portar, pensar e agir. Nesse sentido, as relações públicas dentro do ambiente da internet precisam aprender novas formas de fazer comunicação, e descobrir como podem construir relacionamentos com os diversos públicos nessa nova plataforma. Em especial, a internet oferece uma nova forma de interação ao romper a barreira de distância/tempo, sendo muito importante na relação empresa/públicos,” (SANTOS, 2008).’’
A área de relações públicas nos possibilita essa comunicação efetiva, que conscientiza e mobiliza. Em função disso, é importante que o profissional da comunicação compreenda seu papel como agente de transformação.
Autora: Hayla Rodrigues e Antônio Machado
