Escrever para sentir… Sentir para escrever

Edu Alves
Terapeuta de Papel
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2 min readApr 10, 2024

Hoje meu convite é para que venha comigo por uma jornada onde a escrita não é apenas um ato de criar, mas uma prática de viver, sentir e curar.

Muitas vezes, nos encontramos diante de um mar de emoções inexploradas, sentimentos que parecem vastos para serem compreendidos ou expressos. É aqui que a escrita terapêutica se torna não apenas um refúgio, mas uma bússola.

Em minha própria experiência, a escrita nunca foi uma escolha deliberada, mas uma necessidade visceral. Ela flui de mim como um rio, às vezes calmo e ponderado, outras vezes selvagem e incontrolável. Não escrevo porque controlo a escrita; ela me controla, guiando-me por meio da escuridão para encontrar luz, compreensão e, por fim, a paz.

Você já se sentiu assim? Como se houvesse um oceano de palavras dentro de você, esperando para romper as comportas? Talvez você tenha temido onde essas palavras possam te levar. Mas eu lhes digo, esse medo não é um sinal para parar, mas um convite para começar.

A escrita terapêutica nos permite abraçar nossas vulnerabilidades, transformando o caos interno em algo tangível e, eventualmente, belo.

Ela não pede perfeição, apenas honestidade.

Nas palavras de Clarice Lispector, enquanto não escrevemos, estamos mortos. Essa afirmação ressoa profundamente comigo, pois a ausência da escrita é como um vazio, uma pausa na existência.

Deixe a escrita fluir

Convido você a deixar de lado a ideia de que precisa pensar para escrever.

Escreva para pensar, para sentir, para existir.

Permita-se escrever no escuro, nos azulejos do banheiro, nas paredes do seu coração.

Use canetas, lápis, ou até mesmo carvão e pregos, se assim desejar.

O importante é que você se permita se deixar consumir pelo ato de escrever, permitindo que ele te esvazie e te exorcize, trazendo você de volta aos eixos.

Se a escrita lhe parece um desafio, um mar tempestuoso a ser navegado, lembre-se de que cada palavra que você coloca no papel é um passo em direção à calmaria, uma âncora no presente.

A escrita terapêutica é um presente que você se dá, uma forma de cura que está ao alcance de suas mãos.

Por isso, eu te convido a pegar uma caneta, abrir o seu caderno, e simplesmente começar. Não há regras, não há expectativas, apenas você e suas palavras, dançando juntas em uma valsa de descoberta e libertação.

Juntos, podemos navegar por essas águas, encontrando não apenas nossas próprias vozes, mas também a serenidade e a clareza que vêm ao expressar nosso mundo interior. Permita-se essa jornada, permita-se escrever, permita-se sentir.

Do meu caderno para o seu,

Edu Alves

P.S.: Lembre-se, a escrita é uma viagem sem destino fixo, onde cada palavra é um passo em direção ao autoconhecimento e à cura. Vamos embarcar nessa viagem juntos.

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Edu Alves
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