Explorando as cores das nossas emoções

Edu Alves
Terapeuta de Papel
Published in
2 min readMay 10, 2024

Nossos sentimentos pintam nosso mundo interior com diferentes tonalidades que, muitas vezes, passam despercebidas no turbilhão do dia a dia.

Vamos juntos explorar essas cores, usando a escrita terapêutica como nossa tela e nossas experiências como pinceladas de aprendizado e crescimento pessoal.

Branco feito papel

O branco pode representar um espaço vazio, uma tela pronta para ser preenchida, ou um momento de puro choque. Convido você a relembrar e escrever sobre uma experiência que o(a) deixou assustado(a), algo inesperado que balançou seu mundo.

Coloque no papel como se sentiu, as sensações físicas, os pensamentos que corriam pela sua mente. Após escrever, reflita sobre essa experiência. O que ela lhe ensinou? Como você cresceu a partir dela?

Amarelou?

O amarelo, muitas vezes, é associado à ideia de recuar, de sentir medo ou hesitação. Pense em um momento em que você “amarelou”, ou seja, desistiu de algo importante.

Escreva sobre essa experiência, explorando os motivos que levaram à sua decisão. Este exercício não é para julgamento, mas para compreensão e aceitação das suas vulnerabilidades.

Roxo de raiva

A raiva é uma emoção poderosa e muitas vezes mal interpretada. É como uma onda de calor que nos invade, pintando nossa visão de roxo intenso. Eu o(a) convido a escrever sobre um momento em que sentiu “roxo de raiva”.

Descreva o que aconteceu, como você reagiu, e o que desencadeou esse sentimento. Ao colocar essas emoções no papel, podemos começar a entender suas raízes e, talvez, encontrar maneiras mais saudáveis de lidar com elas no futuro.

Vermelho de vergonha

Por fim, o vermelho da vergonha, que nos faz querer nos esconder do mundo. Lembre-se de uma situação que o(a) fez sentir “vermelho de vergonha”. Escreva sobre o incidente com o máximo de detalhes possível e explore como essa experiência afetou sua autoestima e suas interações sociais. Este exercício pode ser particularmente curativo, pois enfrentar nossa vergonha é o primeiro passo para superá-la.

A escrita terapêutica não é apenas sobre colocar emoções no papel; é também sobre descobrir novas forças e perspectivas dentro de nós mesmos. Cada cor, cada emoção pintada através das palavras, oferece uma chance para crescimento e entendimento.

Eu os encorajo a abraçar esses exercícios com um espírito aberto e um coração disposto a aprender. Permitam-se sentir, permitam-se curar. E lembrem-se, cada palavra escrita é um passo em direção a uma vida mais plena e consciente.

Do meu caderno para o seu,

Edu Alves

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Edu Alves
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