Navegando pelas águas da resignação e do autoconhecimento

Edu Alves
Terapeuta de Papel
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2 min readNov 2, 2023

Todos nós passamos por momentos em que a resignação se faz presente, seja diante de uma perda, uma mudança inesperada ou um sonho adiado. Em meio a essas situações, queria conversar sobre uma ferramenta poderosa que pode nos auxiliar a caminhar por terras escorregadias: a escrita terapêutica.

A dança da resignação

A resignação, ao contrário do que muitos pensam, não é sobre desistir. É sobre aceitar e entender que nem tudo está sob nosso controle. É reconhecer que a vida tem seus próprios ritmos, e que, por vezes, precisamos fluir com ela em vez de resistir.

É aprender que aceitar não significa se acomodar, tampouco desistir. A verdadeira resignação nos convida a olhar para dentro, a refletir sobre nossos sentimentos e a buscar caminhos alternativos.

A escrita como bússola

E é aqui que a escrita terapêutica entra. Ela nos oferece uma bússola, uma forma de nos orientar em meio ao caos. Ao escrevermos, abrimos espaço para que nossos sentimentos mais profundos emergem, para que as dores sejam reconhecidas e as alegrias celebradas.

Ao colocar no papel (ou na tela) nossas angústias, elas deixam de ser monstros escondidos na escuridão e passam a ser parte da nossa narrativa, algo que podemos enfrentar e, com o tempo, transformar.

Caminhos de autoconhecimento e desenvolvimento pessoal

A escrita terapêutica não se limita a ser um desabafo. Ela é, sobretudo, uma ponte para o autoconhecimento. Ao nos observarmos através das palavras, começamos a identificar crenças limitantes, padrões, sonhos, medos e desejos que talvez estivessem escondidos.

A cada linha escrita, temos a chance de nos conhecer um pouco mais, de entender nossas reações e de trabalhar aspectos de nós que talvez queiramos mudar. É um convite constante ao desenvolvimento pessoal, uma forma de nos tornarmos a melhor versão de nós mesmos, mesmo diante das adversidades.

E agora?

Se você ainda não experimentou a escrita terapêutica, te convido a começar hoje. Pegue um caderno, abra um novo documento no computador ou até mesmo use as notas do seu celular. Comece escrevendo sobre o que acredita que precisa resignar-se, passe pelas sensações que isso te causa, pelos sentimentos que percebe, pelas necessidades que identifica. Essas são as minhas sugestões, mas não há regras, apenas seja você ao escrever.

A jornada para o autoconhecimento é contínua e cheia de surpresas. E a escrita? Ah, ela estará sempre lá, como uma amiga fiel, pronta para te ouvir e te guiar.

Do meu caderno para o seu,

Edu Alves

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