4 Sintomas de que você pode estar sendo um cara ensinão (chato)

Rodrigo Bino
Textando
Published in
4 min readMar 23, 2017

Sabe aquelas pessoas que em qualquer comentário gosta de dar uma aula sem você pedir? Então, prazer, eu sou um desses. Não gosto de ser esse cara, mas estou tentando não ser. Veja se você se identifica comigo.

Você tem sintomas de ensinão quando se comicha para dar aquela aula na sua resposta. Por exemplo, quando:

1. Você ouve alguém dizer: Não aguento esses grupos do Whatsapp. Ele fica fazendo barulhinho o dia todo;

(Nessa hora você quer dar um tutorial de como configurar o Whats)

2. Te perguntam em qual dos lixos recicláveis se deve jogar o isopor;

(Aí você vem com todo seu conhecimento da Super Interessante e explica o porquê de ser no plástico)

3. Te respondem: Não sou calvinista nem arminiano, sou de Jesus;

(Aí o seu lado predestinado se remexe todo para dar uma aula de doutrina)

4. Ou ainda: Cara, eu curto Anatomia de Grey;

(Agora com seu certificado de Omeleteve/Pipocando você diz tudo que sabe da série e explica porque a tradução do nome da série não deveria ser esta. Ah… e que qualquer série legendada é melhor por causa da fonética e blá, blá, blá.)

E aí se identificou?

Pois é, percebi que estava sendo assim quando me deparei com pessoas que “o santo não batia”, sabe? Ou seja, pessoas que não me dava bem. (Essas pessoas me incomodavam muito.)

Daí me lembrei de algo que disseram:

“As pessoas que você odeia talvez tenha algo de você nelas e por isso você as odeia.”

Aí percebi que esse algo era a minha mania de ensinar. Era isso que eu tinha em comum com aquelas pessoas.

Mesmo que não me perguntassem algo eu gostava de trazer um conhecimento em cima do comentário dela. No Facebook eu era pior, como eu era chato. Eu gostava de ensinar dando aquela esgrimada na argumentação e as vezes postava no meu perfil aquelas indiretas cheias de conhecimento filosófico(quem nunca?).

Ou seja, colocava todo mundo para baixo como se não pudessem saber mais do que eu.

“Como assim você não sabe disso? É óbvio que…”

E assim eu massageava o meu ego.

É como o exemplo do isopor (de fato aconteceu comigo, dei uma de ensinão):
“Onde eu jogo isopor?” — pergunta meu amigo perto dos lixos recicláveis.
“Jogue no plástico, porque é polistileno extendido urrévis jarvis por causa do wearble nózes hambagá…”

Hoje eu penso: “Cara! Meu amigo só perguntou onde joga, não do por quê de jogar ali ou de onde vem a teoria X. Era só responder onde jogar.”

E quanto mais alimentamos este tipo de comportamento ensinão, menos empatia teremos e menos seremos vistos como amigos das pessoas. Passamos a ser conhecidos como chatos, ou o cara que tem uma conversa cansativa, pois qualquer coisinha que alguém falar ele vai transformar em aula de 120 minutos.

Cara, pega leve! Deixe de ser ensinão. E quando te pedirem para ensinar algo, não se empolgue tanto. Vá por partes e foque no que a pessoa te perguntou. Não seja o cara da conversa cansativa que só você ensina, ensina e ensina por 120 minutos e não ouve nada.

Deixe as pessoas te ensinarem um pouco. Pergunte mais para as pessoas, mesmo que você já saiba a resposta. Fale menos. Você poderá aprender algo novo ouvindo este ponto de vista diferente. E tudo isso deixará a conversa mais agradável, fazendo com que você seja uma pessoa menos cansativa e mais empática (e simpática também).

Isso aí cara!

Bom é isso!
Espero que este artigo tenha sido útil.

Eu pensei em fazer um texto mais exaustivo com muitas referências, estudos, base bíblica, estatísticas e etc. Mas acabo pensando: “Pra quê??? Não é um artigo acadêmico… Que preguiça… Aff…”

E também, quem quiser saber mais do assunto, comentará no fim deste texto e aí sim poderemos falar mais profundamente esclarecendo os pontos.

Mas se você é daqueles que já pegou a ideia da parada e tá de boas de ficar comentando, é só deixar um coraçãozinho aqui embaixo pra nóis!
(Olha como faz aí no o GIF)

Compartilhe este artigo para os amigos, ou para aquele grupo do Whats da sua família. Até o próximo artigo!

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