Qual a forma do amor? Vale qualquer forma?

Rodrigo Bino
Textando
Published in
10 min readJun 2, 2020
Arvore do meio sob o luar

Sonhei que estava novamente na faculdade. Estava saindo de uma aula de laboratório e indo para uma aula teórica.

A professora fez um exercício assim:

“Não é para dizer a opinião, mas o que acha legal da situação que vou mostrar”
(Sim, no sonho a professora pediu a nossa opinião dizendo para não usarmos a opinião. ¯\_(ツ)_/¯ )

Dos exercícios teve um polêmico.

Ela só disse assim:
-É uma história de um casal homossexual.

Quando chegou a minha vez, respondi que para mim era difícil encontrar um legal, mas talvez o “legal” era ver como o amor mudou de sua forma original e se naturaliza facilmente em qualquer forma que a gente queira.

Por que isso é legal?

Por exemplo, havia uma cadeira dentro de uma cabana numa indústria. Surge um homem, funcionário, que nunca viu uma cadeira na vida.

Sua missão e propósito de existência da vida é sentar. A indústria estava começando.

O inventor da cadeira ergonômica diz que lá na cabana tem essa invenção dele.

Há um manual da coluna viva e o manual da coluna do bem e do mal na parede.

Ele disse que o dia que ele ler esse segundo manual, certamente a cadeira fará mal à coluna e assim ele será demitido.

Suponha que amar tem a ver com os manuais que o inventor trouxe.

O homem que nunca viu a cadeira chega perto e um funcionário rebelde (de outro escalão) do inventor da cadeira, diz que ele pode ler o manual do bem e do mal, porque é certo que a cadeira não fará mal. Na verdade você iria conhecer e entender a cadeira como o criador. Você será como ele.

Isso saltou aos olhos do homem e ele enfim leu o segundo manual, o manual da coluna do bem e do mal.

Agora o homem se torna como o criador, mas de forma rebelde.

Ele entende agora que pode redefinir o sentar na cadeira como outro tipo de ação natural.

Ele aprende pelo manual que há um jeito certo, mas há outras coisas que ele poderia fazer. A cadeira pode ser um trampolim para alcançar coisas mais altas;
ela pode ser balançada enquanto estiver sentado; pode ser usada como mesa se ele sentar no chão; pode até dormir nela; pode usar como arma; enfim.

Agora, isso tudo é real e natural para ele.
Ele não resiste, porque o propósito dele é sentar. Ele tem essa vontade inata.

Mas ele aprendeu a desconstruir “o que é de fato sentar?”

O inventor vê o que ele faz e fica bravo. Ele expulsa o homem da cabana e de sua presença.

Este local ficou fechado para qualquer tipo de acesso para o homem.

O homem exilado põe em prática por onde passa o que aprendeu do manual falso.

Ele passa a “sentar” vários tipos de cadeiras e não cadeiras.
Sempre que vê uma cadeira ele a reutiliza para ser ora sua mesa, ora cama, ora descanso de pés.

Várias gerações depois, muitos adquiriram este comportamento.

Isso trouxe problemas à coluna deles com o passar do tempo.

Mas muitos acostumaram com uma distorção na coluna, outros nem ligavam para hérnia. Era possível conviver.

Criar novas maneiras de “sentar” em algumas cadeiras fazia parte da sua natureza.

Agora estamos numa sociedade que nos exige a tolerar as novas formas de sentar, mesmo que saibamos no fundo que a verdade estará lá.

Qual verdade?

Há uma forma correta de sentar. Só olhar a cadeira sempre fará sentido ao ver como as coisas se encaixam perfeitamente.

Nós lemos o manual da coluna do bem e do mal, por isso sabemos reconhecer o bem e o mal, sabemos discernir a aparência.

Mas ler tal manual, nos corrompeu na perspectiva do inventor.

Ele criou para um fim que fazia a coluna viver para sempre boa.

Mas agora estamos exilados da cabana e não podemos ler o outro manual. Fomos enganados pelo funcionário rebelde, mas pela nossa própria cobiça decidimos ouvir este funcionário e assim, nos tornamos rebeldes.

O curioso é que não fomos demitidos ainda, mas haverá um tempo que o inventor precisará fazer essa ação. Demitir quem leu o que não era para ler.

Mas como o acesso ao manual da coluna viva estava restrito, o inventor se faz de funcionário e se chamando de “Manual da coluna viva, dica da boa coluna, fonte da coluna jovem”. Ele viveu entre os funcionários confrontando a imaginação deles sobre o sentar.

O curioso que aquele primeiro funcionário rebelde apareceu oferecendo a ele a mesma coisa.

“Olha, não precisa viver assim, você pode fazer do meu jeito que você vai conseguir o que quer.”

O inventor disfarçado resistiu citando a carta de conduta deles.

Mas o que os homens rebeldes exilados fizeram com o inventor que estava disfarçado de funcionário?

Demitiram o inventor disfarçado de funcionário. Ele foi para o RH da empresa e lá ele assumiu tudo. Disse que era culpa dele todas as novas formas erradas de sentar em cadeiras que não se alinhavam com a visão da empresa. Eles chamam usar de mesa, usar de cama, usar de trampolim, usar de arma tudo de sentar.

“Serei punido no lugar deles para que eles não sejam demitidos.”

O inventor disfarçado pagou uma baita multa e passou 3 dias demitido. Como descobriram que ele não tinha como ser demitido, foi readimitido.

Voltando à empresa, os que trombaram com ele ficaram admirados, nunca tinham visto uma readmissão.

Ele revela para os que o ouviram que devem seguir o manual da coluna viva, que era ele, era o estilo de vida dele, mais nenhum outro. Só por meio dele era possível acessar novamente a cabana e ter acesso ao inventor.

Muitos demoraram para reconhecer que ele era o próprio inventor.

Mas por meio do inventor, não seriam demitidos quando a grande demissão vier. E os comissionou a fazerem multiplicadores do manual. Ordenou que eles espalhassem a notícia que mesmo funcionários rebeldes poderiam voltar a acessar o manual da coluna viva.

Parênteses para o termo ‘funcionário rebelde’. O primeiro funcionário rebelde não tinha como ser readmitido, pois ele tinha um cargo diferente. Ele é de uma classe diferente das dos homens.¹

Para embasar minha resposta, usei esta história para responder que para quem gosta do manual proibido, o do conhecimento do bem e do mal, é natural que seja uma forma válida de amar. O sentimento é real, verdadeiro, por assim dizer.

Mas a verdade não deixa de estar lá, a cadeira foi projetada para sentar somente, sentar verdadeiro.

Você pode usar para o que quiser e como quiser, mas há a Verdade do jeito certo das coisas, do estado original natural².

Verdade esta que é uma pessoa. A que pagou um alto preço para impedir que fôssemos demitidos, ou mortos eternamente (inferno). Ele quer resgatar nossa imaginação para o jeito original, antes de nossa queda.

Quem seguir, aceitar e acreditar nele, terá a coluna viva eterna, ou melhor, terá a vida eterna. Viverá plenamente o verdadeiro propósito para que fomos criados.

O inventor tinha um plano para gente seguir, mas nós desviamos. Esse desviar é o nosso novo natural, pois agora, após comer do fruto da árvore do bem e do mal, podemos redefinir o bem e o mal, o certo e o errado, independente da verdade imutável que está por trás.

O meu sonho não teve uma conclusão, mas acordei desesperado para concluir. Bom, abaixo está minha conclusão depois de acordar.

Temos diversas facetas da vida que desconstruímos, mas a que foi proposta aqui no debate da minha sala no sonho, é o amor.

Podemos citar os 4 tipos de amor, amor que é uma atitude, não um sentimento.

Amor fileo, amor eros, amor ágape e amor storge.

Ou seja, atitude fraternal, atitude conjugal, atitude incondicional e atitude familiar.

Como vivemos desconstruindo tudo de forma distorcida, até os amores acima se confundem e tomam atitudes trocadas em suas categorias. E alguns casos posso admirar tanto um amigo, que não necessariamente é amor eros, é um outro tipo de amor.

O amor eros tem um projeto original, que não necessariamente experimentamos plenamente, porque tem distorções nos casamentos tradicionais também. Mas Ele veio ao mundo para resgatar o estado natural das coisas.

Meu papel é perseverar até que o inventor volte para levar aqueles a quem ele escolheu para comer da árvore da vida (ou o manual da coluna viva).

Ela está disponível na pessoa de Jesus Cristo, que tira o pecado do mundo, para que todo aquele que nele crê, não seja demitido, não morra, mas tenha a vida eterna.

Este é o porquê de achar isso legal, ao mesmo tempo que um casal do mesmo sexo não seria tão legal para mim, tendo em vista o sofrimento de alguém³ que custou a sua vida e ignorarmos o plano dele e seu sacrifício para nós não é algo legal.

Se isto é algo que te incomoda, bora trocar uma ideia. Quero te ouvir.
Criei um formulário para você comentar anonimamente. Não precisa se revelar, mas se quiser se revelar e conversar particularmente sobre este assunto por lá, fique a vontade também. COMENTE AQUI

E mais uma vez,
Obrigado por ler.

NOTAS

  1. Aqui me refiro a situação dos homens e dos anjos caídos. Os anjos caídos não estão na mesma lógica que a gente. O tipo de castigo da rebelião deles é mais definitiva que a nossa. Diferente deles, temos a chance do perdão.
  2. Sobre o estado natural, por hora quero dizer em relação a vida nesta terra, onde Jesus orou para que fôssemos santificados na verdade. Quando tudo for restaurado 100%, não seremos dados em casamentos. Não haverá isso na nova realidade.
  3. Jesus, que no princípio era o verbo, aquele que é a palavra que estava com Deus e ele era Deus. No princípio Deus criou homem e mulher, e viu que era muito bom, porém todos pecaram e ficaram afastados do chamado de Deus, afastados da glória de Deus. Esta separação amaldiçoou a terra e os homens. Homens estes que: Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos e trocaram a glória do Deus imortal por imagens feitas segundo a semelhança do homem mortal, bem como de pássaros, quadrúpedes e répteis.
    Por isso Deus os entregou à impureza sexual, segundo os desejos pecaminosos dos seus corações, para a degradação dos seus corpos entre si.
    Trocaram a verdade de Deus pela mentira, e adoraram e serviram a coisas e seres criados, em lugar do Criador, que é bendito para sempre. Amém.
    Por causa disso Deus os entregou a paixões vergonhosas. Até suas mulheres trocaram suas relações sexuais naturais por outras, contrárias à natureza.
    Da mesma forma, os homens também abandonaram as relações naturais com as mulheres e se inflamaram de paixão uns pelos outros. Começaram a cometer atos indecentes, homens com homens, e receberam em si mesmos o castigo merecido pela sua perversão.
    Além do mais, visto que desprezaram o conhecimento de Deus, ele os entregou a uma disposição mental reprovável, para praticarem o que não deviam.
    Tornaram-se cheios de toda sorte de injustiça, maldade, ganância e depravação. Estão cheios de inveja, homicídio, rivalidades, engano e malícia. São bisbilhoteiros,
    caluniadores, inimigos de Deus, insolentes, arrogantes e presunçosos; inventam maneiras de praticar o mal; desobedecem a seus pais;
    são insensatos, desleais, sem amor pela família, implacáveis.
    Embora conheçam o justo decreto de Deus, de que as pessoas que praticam tais coisas merecem a morte, não somente continuam a praticá-las, mas também aprovam aqueles que as praticam.
    (Referências da terceira nota: Gênesis, João e mais precisamente Romanos 1:22–32)

Reforço que sou a favor da vida, sou contra a violência de qualquer tipo, seja contra homossexuais ou contra a vida em iniciação interrompida no contexto aborto, etc.

Não é ódio ou fobia, é uma questão de cultura de um povo que foi exilado e por eras vive aqui neste mundo. Ansiamos o retorno para nossa terra natal.

Já que estamos exilados neste mundo, temos o mínimo de cultura de nossa pátria natal a zelar. Não é questão de “ódio com o diferente”, mas de entender o que é certo e errado de forma absoluta como citei neste artigo.

A sua filosofia, caro leitor discordante, de ser tolerante com o diferente e a crença no “cada um tem sua verdade” garantem o meu pensamento e expressão. Ou, então, a verdade não seria relativa e a tolerância seria prática e conveniente apenas quando atendem os seus valores e a sua cultura?

Se isso te incomoda, é porque talvez exista uma verdade absoluta, o desafio é entender o que é a verdade de fato. Mas como comedores do fruto proibido, a clareza no certo e errado se tornam relativas demais para ver algo como absoluto. A cadeira passa a ser qualquer coisa que quisermos.

Jesus estava com Deus no princípio e era Deus, como diz em João.
No princípio Deus criou céus e terra e viu que era bom.

Criou o homem e mulher dizendo para se unirem e viu que também era bom.
Por este motivo, homem e mulher devem deixar pai e mãe e se tornarem uma só carne. O que demos o nome de casamento.

Para nossa cultura, este é o padrão que devemos seguir, mesmo neste mundo que estamos exilados.

Não vamos impor isso aos terráqueos.

Mas há celestiais adormecidos entre os terráqueos, anunciamos as boas novas de Cristo para despertar os eleitos para serem quem realmente devem ser.

Não é possível entender isso com uma mente terráquea, somente pela renovação da mente por meio do Espírito Santo, deixado aqui na terra por Jesus.

É uma questão de valor, cultura e conhecimento de quanto tudo isso custou ao Criador do universo, a quem agora fomos adotados como filhos por meio de Jesus, o Deus Filho, o Deus em forma humana.

Se você é um terráqueo declarado, ou alguém que não quer largar o fruto proibido, não vou te impor esta verdade. Eu anuncio como tudo era para ser, ou você desperta mortificando sua natureza terráquea, ou você continua a dormir.

Obrigado por ler estas notas. =)

--

--