Pesquisa Visual

Análise de algumas referências visuais

Sophia Kraenkel
TFG_sophia_amanda_2017
5 min readMar 15, 2017

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The Secret History of Mermaids and Creatures of the Deep

O livro “The secret history of mermaids and creatures of the deep” possui uma linguagem de documentação para explicar os vários tipos de seres marinhos fantásticos. Pensamos que seria interessante utilizar esse recurso de compilar documentos para contar e acompanhar a jornada do nosso personagem.

Os desenhos de Leonardo da Vinci sobre o estudo do corpo humano é uma referência de um desenho voltado para a pesquisa, como registro. Pensamos em utilizar um estilo parecido no nosso livro porque imaginamos que o personagem principal registraria o que ele encontra em sua viagem pela Amazônia por meio de anotações e desenhos com cunho científico. Nessa imagem Da Vinci desenha com detalhes o seu objeto de interesse: os músculos do ombro e pescoço e os ossos do pé, as outras partes do corpo ele não tem a necessidade de detalhar.

Jogo Lone Wolf (esquerda)— apresentação da história em forma de livro ilustrado, meio sketchbook/journal; Mapa do O Hobbit (J.R.R. Tolkien) com uma charada (direita)

O jogo Lone Wolf (imagem da direita) é uma aventura para Android e iOS que mescla jogos de ação e leitura de livros de RPG, nos quais as histórias eram contadas e decididas por meio de seleção de páginas, conhecidos como livros jogo. Em Joe Dever’s Lone Wolf será preciso ler o que se passa na trama. Permite muita leitura, que é disponibilizada em língua inglesa, espanhola, francesa, italiana ou alemã. Quando se começa a entender o que vem ocorrendo em sua cidade, deverão ser tomadas decisões e, de acordo com elas, você entrará em combate com antagonistas. Nesse momento, o jogo perde o estilo gamebook e torna-se uma aventura com personagens e cenários 3D, nas quais as lutas se darão por turnos, com ações executadas com toques sobre comandos na tela. Para a nossa história interativa, estávamos pensando seguir uma caminho semelhante: fazer com que o conto ganhe vida e que o leitor faça parte dela.

O mapa do Hobbit é para nós uma referência de um mapa feito a mão e um pouco confuso, ele contem uma charada registrada no lado e algumas anotações que o autor do mapa achou relevante como a presença de dragões. Ele representa a realidade fielmente, mas ele faz a sua função de guiar e trás informações pessoais do autor. Como imaginamos o nosso livro como um diário do protagonista ele poderia fazer registros parecidos com esse, inclusive poderia fazer um mapa que servisse para se guiar na Amazônia. A charada é também uma referência de conteúdo para o nosso livro.

Sketch dinâmico (direita) e diário com anotações a mão (esquerda)

Essas duas imagens são referências do estilo de desenho e de livro que gostaríamos de fazer. Imaginamos nosso livro como um diário pessoal do protagonista. Ele escreveria seu relato, mas anotaria outras coisas do lado e faria desenhos sobre o seu assunto de estudo(ele é pesquisador). Ao mesmo tempo esses desenhos não precisam ter um acabamento muito refinado, eles poderiam ser como a imagem da direita, um sketch rápido que o protagonista faz para registrar a informação encontrada. Anotações puxadas por setas e meio apertadas entre as outras informações (que nem na imagem a esquerda) também é um recurso que planejamos usar para criar essa atmosfera de um diário que não tinha intenção de ser lido por outras pessoas além do escritor. O papel amarelado dá uma aparência de algo antigo. Talvez o nosso livro possa ser como um diário antigo que o leitor "encontra".

Desenhos usando apenas caneta de nanquim

Esses dois desenhos, além da estética "assustadora" o que mais chamou nossa atenção é o uso de um desenho de linhas finas com apenas caneta nanquim, sem o uso de outras técnicas de acabamento. Nessas duas imagens a luz e sombra são criadas com o acúmulo ou a falta de linhas.

Pesquisamos também muitos desenhos envolvendo silhuetas. Esse estilo poderia ser utilizado para as animações. A forma de contar a história se assemelharia aos teatros de sombra. Estamos buscando uma linguagem mais humana, com simulações de técnicas manuais. Tanto o livro, quanto as animações, buscariam mais essa estética.

Filme Príncipes e Princesas — Michel Ochelot
Sombras no livro impresso
Imagem assustadora (profundidade e escala: monstro vs barco)

Utilizar o labirinto na história para trazer esse sentimento da loucura, do desespero, de estar preso e perdido. O labirinto pode ser representado pela floresta Amazônica e/ou pela mente humana. Poderíamos também utilizar suas formas e curvas confusas.

Labirintos

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