Vencendo as crises

Uma lição escondida na parábola do administrador

Denis Bruestle
The Autistic Nikkei
3 min readMar 28, 2021

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Photo by Xan Griffin on Unsplash

As crises tendem a nos paralisar, não importando se são crises pessoais ou mundiais, como o atual quadro de pandemia. Tenho que admitir que estava enfrentando uma crise e, por isso, não estava conseguindo escrever aqui no Medium. Todavia, agora estou melhor, graças a Deus!

O que também me ajudou a superar as crises foi o estudo da seguinte passagem bíblica:

Jesus disse aos seus discípulos:
— Havia um homem rico que tinha um administrador que cuidava dos seus bens. Foram dizer a esse homem que o administrador estava desperdiçando o dinheiro dele. Por isso ele o chamou e disse: “Eu andei ouvindo umas coisas a respeito de você. Agora preste contas da sua administração porque você não pode mais continuar como meu administrador.”
— Aí o administrador pensou: “O patrão está me despedindo. E, agora, o que é que eu vou fazer? Não tenho forças para cavar a terra e tenho vergonha de pedir esmola. Ah! Já sei o que vou fazer… Assim, quando for mandado embora, terei amigos que me receberão nas suas casas.”
— Então ele chamou todos os devedores do patrão e perguntou para o primeiro: “Quanto é que você está devendo para o meu patrão?”
— “Cem barris de azeite!” — respondeu ele. O administrador disse:
— “Aqui está a sua conta. Sente-se e escreva cinquenta.”
— Para o outro ele perguntou: “E você, quanto está devendo?”
— “Mil medidas de trigo!” — respondeu ele.
— “Escreva oitocentas!” — mandou o administrador.
— E o patrão desse administrador desonesto o elogiou pela sua esperteza.
E Jesus continuou:
— As pessoas deste mundo são muito mais espertas nos seus negócios do que as pessoas que pertencem à luz.

Lucas 16:1–8, Nova Tradução da Linguagem de Hoje

Neste texto, pude extrair a seguinte lição para vencer as crises:

1) Estar ciente da crise

O administrador foi demitido de seu trabalho por sua desonestidade, mas não fingiu que nada estava acontecendo nem “tapou o sol com a peneira”. Antes, entendeu sua realidade e se adequou à situação.

2) Conhecer a si mesmo

O administrador conhecia suas limitações — no caso, não ter estrutura física para trabalhar com agricultura. Entenda as limitações como as que são naturais de uma pessoa (por exemplo, um tímido tentando falar para um grande público), e não as auto impostas (como não querer comer algo, mas nunca ter experimentado aquilo).

Consequentemente, o administrador também conhecia seus pontos fortes — lidar com finanças e pessoas.

3) Não seguir o caminho do vitimismo

O administrador foi categórico em afirmar que não pediria esmola por vergonha. Algumas pessoas em crise se enxergam como coitadas, vítimas da conspiração do Universo contra elas. Por mais que as crises possam abalar, jamais devemos abraçar o vitimismo.

Note que não se refere a pedir ajuda às pessoas. Ao contrário, devemos sim clamar por auxílio a quem puder nos ajudar, e também ser recíproco com quem precisar.

4) Acionar seus contatos

O administrador usou seu networking (os devedores de seu antigo chefe) para sair da crise. Todo mundo tem, pelo menos, uma pessoa conhecida que pode contatar.

5) Usar o seu melhor

O administrador usou seu conhecimento cobrando dos devedores de seu ex-patrão os valores reais — o que deu a impressão de desconto generoso nas dívidas.

Todo mundo é bom em pelo menos uma coisa na vida. Esse recurso (ou conjunto de recursos) é o que te ajudará a sair da crise.

6) Colher os resultados

O administrador foi acolhido pelas pessoas que deviam ao seu ex-chefe por sua “generosidade”, e o próprio patrão o elogiou. Suas ações bem usadas contra as crises certamente lhe trarão vitórias.

7) Não causar crises nos outros para se livrar das próprias crises

Jesus afirmou que as pessoas que não vivem na luz são mais espertas do que as que vivem na luz pois, geralmente, quem é mau vai fazer qualquer coisa para se livrar de uma crise, mesmo que tenha que prejudicar outras pessoas. Devemos ter a esperteza como o administrador, mas sem usá-la para o mal.

Assim termino esta postagem. Correndo tudo bem, semana que vem publico mais um texto. Então, até a próxima!

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