O Gato, o Rato e o Estado Português — Online Gambling

Ricardo Andorinho
Masters in Business Units
3 min readJun 7, 2019

A EGR organizou em Lisboa no passado dia 6 de Junho, uma “interessante” e “corrosiva” conferência que aproximou no mesmo espaço a indústria que já mudou para sempre as regras e a ética do Desporto, tal e qual as conhecemos desde a criação da carta olímpica.

Nem os Agentes Desportivos, nem o Estado Português, nem as instituições reguladoras estão minimamente preparadas para lidar com uma realidade contextual já madura para a Interpol, Polícia Judiciária e todos aqueles “lutam” diariamente contra o terrorismo, contra a cyber-segurança, mantendo uma visão aberta em relação às tecnologias de hoje que permitem actuar fora de qualquer jurisdição, de qualquer código, de qualquer conduta, de qualquer carta olímpica.

Vou “guardar” aqui alguns números que caracterizam esta realidade. Esta é uma área tabu para Portugal, mostrando que não é por não se falar deste tema que ele não existe, e não se continua a desenvolver a uma velocidade impressionante e que dificulta a organização de qualquer evento desportivo.

Se houver um evento desportivo online, então há uma fonte perturbação no sistema desportivo.

  • 500 Milhões/mês era a faturação da Bet365 antes de sair do mercado português das apostas. Em Portugal faturava 10Milhões;
  • Existem atualmente numa lista pública 272 Operadores de Apostas Online ilegais
  • Estima-se, pelo que se conhece atualmente, que haja 800B transacionados em Match Fixing

Ainda confiamos no Desporto que vemos todos os dias? Ou já vivemos uma realidade alterada por operadores ilegais que pagam demasiado bem às instituições desportivas nacionais e internacioais?

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Ricardo Andorinho
Masters in Business Units

Father. Infonomist. Critical thinker on organizational development. CEO and Founder @MBUintelligence Leadership and corporate performance enthusiast