Agile Learning e as novas competências para a era da economia cognitiva

Redação The Funnel
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Published in
3 min readJan 17, 2022
Abel Reis, empresário, investidor e cofundador da Logun Ventures, durante evento de lançamento da 10º da edição da The Funnel

Cofundador da Logun Ventures, Abel Reis discute a necessidade de um novo olhar para a cultura de aprendizagem nas empresas

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Por Fábio Vieira

Atenção, memória e afeto. Essas três dimensões estritamente humanas têm sido a base da economia atual, que é pautada pelas novas tecnologias e cujas atividades são cada vez mais automatizadas. Mas como lidar com esse novo mercado? Quais as habilidades para obter sucesso num mundo digital guiado por dados? Quem chama atenção para essas reflexões é o empresário, investidor e cofundador da Logun Ventures, Abel Reis, entrevistado da 10º edição da The Funnel, que tem como reportagem principal a cultura de aprendizagem.

Fundador da AgênciaClick, pioneira agência de propaganda digital no país, e hoje especialista em atuar com negócios disruptivos, Reis foi um dos palestrantes do evento de lançamento da edição, no CIVI-CO, em São Paulo. N ocasião, ele

apontou que a nova cultura de aprendizagem baseada no Agile Learning — com as pessoas tendo acesso a conteúdos mais diretos e on-demand -, é essencial para lidar com uma economia cognitiva centrada em atividades cada vez mais automatizadas e um mercado dominado pelas ferramentas digitais.

Segundo ele, a tendência é que atenção, memória e afeto sejam base dos grandes negócios nos próximos anos. “Essas três dimensões humanas são muito importantes, principalmente a de atenção, pois é demandada fortemente na dinâmica do capitalismo cognitivo, que é o mundo que se apresenta para as próximas décadas”, diz o cofundador da Logun Ventures.

Um exemplo citado por Abel são os sucessos de grandes plataformas, como o Google e o Facebook. A rede social, por exemplo, obtém bilhões de dólares pois consegue engajar, ao mesmo tempo, atenção, memória e afeto entre as pessoas com seus perfis e relacionamentos virtuais. Ou mesmo o mundo da propaganda, que sempre teve como premissa capturar a atenção das pessoas. Para ter uma ideia, as pessoas leem 28% dos textos, têm uma tolerância de 10 a 20 segundos para navegar em uma página da web e pegar o celular 1.500 vezes em média na semana, tomando um tempo de 3h16m do dia das pessoas. “Tudo isso é colocar a atenção para trabalhar”, afirmou.

Desafios da aprendizagem

Esse ambiente cada vez mais digital tem criado também diversos desafios para as pessoas, já que hoje nos deparamos com uma realidade lógica não linear, como as variáveis das previsão do tempo, as oscilações da bolsa de valores e novos negócios surgindo a todo momento. Dentro desse mundo complexo, Abel aponta as Fragilidades e seus antídotos, como: para a fragilidade que acomete as pessoas nesse cenário, a saída está na colaboração, e muitas vezes até na atuação com os concorrentes.

Já para aplacar a Ansiedade, a empatia, o saber ouvir, ter segurança psicológica e a cocriação são os melhores caminhos. Por fim, para a Impossibilidade de Compreender, a resposta está na ética, na construção de confiança e no “aprender a aprender”.

Com esse cenário, a busca por novas habilidades e conhecimentos tem se tornado essencial para o sucesso nos negócios. Segundo expectativa do World Economic Forum, cerca de 50% dos colaboradores das grandes corporações vão precisar de novas capacitações até 2025. Além disso, entre as principais habilidades que vão dominar o mercado nos próximos anos estão: pensamento analítico, criatividade, resiliência, tolerância a estresse, originalidade, influência social e solução de problemas complexos. Ou seja, habilidades que não estão no foco da aprendizagem formal. “Como a gente prepara as pessoas para atuar com essas capacidades e habilidades?”, perguntou Abel antes de concluir sua apresentação. “O modelo de formação clássica precisa evoluir e ser adaptado à nova realidade, e esse é um desafio enorme para a educação executiva”, apontou.

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