O desafio das empresas diante do novo ciclo global de inovação

Redação The Funnel
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3 min readJan 18, 2022

CEO e cofundador da Kyvo, Hilton Menezes analisa o cenário da inovação no país e mostra como o design pode destravar processos e impulsionar os negócios; aproveite para baixar a nova edição da The Funnel aqui

Por Fabio Vieira

Em um mundo incerto e volátil, a cultura, o ambiente corporativo e as formas de trabalhar estão em constante mudança. Nesse contexto, adotar processos e estruturas que acelerem a inovação se tornou imperativo para as empresas. Essa nova perspectiva de mercado foi o tema da apresentação do CEO e cofundador da Kyvo Design-Driven Innovation, Hilton Menezes, no evento de lançamento da 10ª edição The Funnel (baixe a revista aqui).

Para contextualizar o momento enfrentado pelas organizações, Hilton relembra o início da década passada, quando as startups começaram a disseminar uma visão sobre os processos de inovação. Para ter uma ideia desse cenário, os contratos realizados junto às grandes corporações somaram R$ 2,2 bilhões no período entre julho de 2020 e julho de 2021, segundo o Ranking 100 Open Startups 2021. “Esse processo inovativo permeia a atuação das empresas para que elas possam se adaptar às mudanças do mercado”, diz Menezes.

Mudança de cultura

Nos últimos anos, esse movimento passou a impactar as estratégias de negócios a partir de novas estruturas internas e mudanças na cultura das companhias. Um case citado pelo CEO da Kyvo foi o da Visa, que em 2016 criou o Innovation Center Studio, em São Paulo, construído na antiga sala do presidente da empresa — iniciativa essa para reforçar a mudança de comportamento da organização junto aos colaboradores — além da contratação de executivos voltados à inovação.

Em quatro anos, 15 projetos foram lançados no mercado, entre eles a implementação do pagamento com débito e crédito no Metrô do Rio de Janeiro. Além disso, desde a criação do hub de inovação, o volume de pagamentos da Visa aumentou US$ 10 bilhões. “Isso mostra que processos inovativos geram, sim, resultados financeiros para as empresas e aumenta muito o valor para a marca”, diz Menezes.

Nessa linha de atuação, ele abordou dois movimentos que vêm ganhando força no mercado: o Corporate Venture Capital (CVC), fundo criado para as empresas investirem em seus próprios negócios; e Corporate Venture Building (CVB), em que as corporações constroem suas próprias startups. Só o mercado de CVC no mundo, por exemplo, movimentou US$ 80 bilhões em 2021, mais que o dobro do valor de 2020, ao passo que no Brasil os números triplicaram entre nesse período.

Ao final de sua apresentação, o CEO da Kyvo ressaltou a importância do design para os resultados das empresas diante dessa nova realidade do mercado. Segundo o estudo McKinsey Design Index, realizado em 2018 com 300 empresas brasileiras de capital aberto, as corporações centradas no design tiveram em média uma receita 32% maior, além de gerar um retorno 56% superior aos acionistas das outras companhias. “Quem não acompanhou esse processo de mudanças do mercado já está atrasado”, disse Menezes.

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