DRAFT 2020 — TOP 20 — WRs
A classe de WRs do Draft de 2020 chega com muita qualidade, com uma ampla gama de opções. São alguns recebedores completos, outros bastante técnicos nas rotas, alguns muito dinâmicos com a bola nas mãos e os que se destacam em bolas contestadas.
A avaliação aqui passou pelos seguintes critérios:
- Habilidade na execução de rotas;
- Capacidade de gerar separação e combater press;
- Explosão, visão e velocidade após a recepção;
- Técnica das mãos para buscar a bola;
- Controle corporal e concentração para fazer jogadas contestadas
- Esforço e efetividade em bloqueios
A partir destes critérios, os jogadores tiveram suas qualidades quantificadas e uma nota foi gerada. A esta avaliação foi somada uma ponderação relativa ao atleticismo medido no Combine para testes mais relevantes e à produção ao longo do período na universidade. Dentro de cada intervalo de notas, foi possível determinar qual seria a rodada do Draft na qual uma aposta no jogador seria interessante. Isto é, em que ponto acho que seria válido selecionar tal recebedor, o que não representa a faixa em que eles devem sair.
Notas de Primeira Rodada
1 — CeeDee Lamb — WR — Oklahoma
Lamb tem espaço no ataque de Oklahoma desde que chegou na universidade. Sua produção foi crescendo ano a ano e tem uma média de praticamente 1100 jardas e 11 TDs por temporada. Os principais atributos que fazem com que se destaque são a capacidade de realizar recepções difíceis e conquistar jardas com a bola nas mãos. Tem um ótimo senso de quando pular e esticar os braços para vencer no ponto mais alto e um controle corporal de elite, sobretudo próximo das laterais. Quando recebeu passes com um mínimo de espaço para trabalhar, mostrou equilíbrio, visão, esforço e mudança de direção para deixar marcadores para trás. Mãos são muito boas, com a técnica correta e força para segurar mesmo com impacto. A variedade de rotas não foi a mais elevada e lidou com pouco press ao longo da carreira. Mesmo assim, mostrou consciência do trabalho para conquistar separação, com nuance nos movimentos e um plano para abrir espaço. Não é muito rápido, o que pode impactar sua capacidade como alvo vertical, mas é ágil e fluido nas quebras, o que ajuda a vencer nas jogadas. Portanto, é um recebedor de arsenal bem completo e que deve se destacar na NFL como um WR1.
2 — Jerry Jeudy — WR — Alabama
Jeudy entrou em 2019 como um dos principais nomes da classe e não decepcionou. Ele entregou mais um ano produtivo e fechou uma ótima carreira em Alabama. Seu estilo ficou marcado pela excelente habilidade de correr rotas e gerar separação. Tem uma ótima saída da linha de scrimmage, pode vencer em qualquer nível do campo e suas quebras são fluidas e muito repentinas. Dessa forma, engana marcadores com frequência e gera amplos espaços para o QB posicionar a bola. Por outro lado, essa característica impediu que tivesse que fazer ajustes muito grandes para executar recepções, mas ainda faz um ótimo trabalho de encontrar a bola no ar. Quando depois de receber o passe, é explosivo e tem velocidade para gerar grandes ganhos. Pode ser culpado do drop de concentração ocasional, tem espaço para ganhar algum músculo, principalmente para lidar com press, mas são pontos menores. Por isso, a expectativa é que some todas as qualidades e seja uma arma de alto nível, com versatilidade para atuar por fora ou no slot com igual eficiência como um WR1 na NFL.
3 — Justin Jefferson — WR — LSU
Jefferson teve uma temporada espetacular em 2019 como o principal alvo de Joe Burrow. Ele mostrou uma excelente habilidade nas rotas e ao gerar separação rapidamente, deixando grandes janelas. Também é um jogador rápido, que pode vencer em profundidade ocasionalmente. Apesar disso, provavelmente alinhará pelo slot com maior frequência e será uma opção de segurança para seu QB. Outros fatores positivos são o esforço nos bloqueios e a capacidade de fazer recepções difíceis. Com tudo isso, certamente entrará em uma rotação rapidamente e terá impacto já como calouro, apesar de que não deve evoluir muito mais.
4 — Henry Ruggs — WR — Alabama
Ruggs entrou no processo sendo visto como um jogador de extrema velocidade. Isso se confirmou em campo e no Combine. No entanto, ele é muito mais do que isso. Ele é um atleta de elite, com ótima mudança de direção e aceleração, que permitem que cause estrago com a bola nas mãos. Também é surpreendentemente físico competindo pela bola, dado o corpo de dimensões abaixo da média da posição. Pode fazer recepções contestadas e tem mãos confiáveis. Suas rotas são bem feitas no geral, mas sem nada de espetacular no quesito, com espaço para evoluir e crescer em cima do potencial atlético. Não tem muito nuance e falta alguma concentração com os detalhes. Mesmo assim é capaz de gerar separação com boas saídas da linha de scrimmage ao engolir espaço deixado pelos marcadores e variar a forma como ataca os ângulos. Entretanto, sofre quando recebe contato mais físico no processo da rota ou no press e tem dificuldade para se desvencilhar. Este precisa ser um ponto de atenção imediata na NFL para liberar um nível ainda maior de qualidade de jogo. Se conseguir, pode ser muito produtivo como profissional. De qualquer forma, o pior cenário possível aponta uma arma dinâmica que pode mudar o jogo em apenas um toque na bola.
Notas de Segunda Rodada
5 — Jalen Reagor — WR — TCU
Reagor teve um 2019 decepcionante após um ótimo 2018. Ele é um jogador eletrizante. Sua grande força está na velocidade e na explosão. Sabe usar estes atributos para vencer em profundidade com frequência e para conquistar jardas após a recepção. Botar a bola em suas mãos é uma receita para grandes jogadas. Também se destaca ao conquistar separação por meio das rotas, mas ainda precisa de algum trabalho contra o press. Além disso, tem que mostrar um esforço maior nos bloqueios e eliminar as falhas de concentração que geram uma quantidade razoável de drops.
6 — Brandon Aiyuk — WR — Arizona State
Depois de uma temporada como coadjuvante, Aiyuk ganhou protagonismo no ataque de Arizona State em 2019. Não executou uma variedade muito grande de rotas, mas mostrou ótima qualidade em padrões verticais. As rotas são bem desenvolvidas, com movimentos em falso e uso adequado de desaceleração. Também tem quebras suaves e com manutenção de velocidade, o que ajuda a gerar separação. Contudo, quando se vê diante de um marcador mais forte e que tenta perturbar o fluxo da rota com contato, costuma ter dificuldades, especialmente com o press na saída da linha de scrimmage. Tem alguns drops por falta de concentração, mas nada que preocupe muito, já que são ocasionais e não parecem frutos de falhas técnicas. Com a bola nas mãos é dinâmico, explosivo para atacar em profundidade e preciso na escolha de ângulos que eliminam defensores das jogadas. Logo, será uma arma colocada em campo aberto com frequência como calouro enquanto desenvolve um arsenal de movimentos para sair da linha nas rotas. Se conseguir evoluir nesse quesito, tem tudo para ser um alvo consistente e que pode se tornar um titular na NFL.
7 — Laviska Shenault — WR — Colorado
Shenault entrou em 2019 com uma elevada expectativa após uma ótima temporada em 2018. Contudo, não foi capaz de replicar o desempenho e ainda teve algumas questões médicas. É um jogador versátil, que foi um recebedor de volume razoável e um corredor efetivo. Tem mãos seguras e é capaz de fazer ajustes para buscar passes mal posicionados. Também é forte após a recepção, com força física, habilidade atlética e visão para vencer em campo aberto. Entretanto, precisa trabalhar nas rotas. Falta alguma atenção para detalhes, mas já é sólido no quesito graças ao atleticismo. Também tem que buscar variações para sair da linha de scrimmage evitando melhor o contato, uma vez que depende muito do lado físico neste ponto. Dessa forma, ele é um projeto de grande potencial, que pode executar uma boa variedade de funções e tem os traços desejáveis para evoluir, o que traz uma projeção promissora para a NFL.
Notas de Terceira Rodada
8 — Tee Higgins — WR — Clemson
Higgins busca ser o WR de Clemson da vez que chega na NFL para fazer barulho. Ele tem ótimo porte físico para a posição, com altura e massa ideais, mas o atleticismo é apenas mediano. As rotas são ok, com dificuldade de manter velocidade ao mudar de direção, mas bom trabalho de atacar pontos cegos de marcadores. Por não ser o mais veloz, sofre um pouco para conseguir separação, mas lida bem com press em termos físicos, por mais que precise adicionar ao arsenal técnico no trabalho de mãos. Já a técnica de recepção é excelente, com poucas falhas, atacando a bola com firmeza. Também tem concentração de elite e impulsão para superar defensores em jogadas contestadas. Apesar de quebrar alguns tackles na força, não será uma ameaça com a bola nas mãos, no geral. É um recebedor dedicado, com características positivas e capacidade de se estabelecer como um titular na NFL.
9 — Antonio Gibson — WR — Memphis
Gibson demorou para aparecer em Memphis, tendo participação relevante apenas em 2019. Nela, mostrou grande versatilidade, com números explosivos como recebedor, corredor e retornador. Esta capacidade de atuar em todas as fases, ser um jogador muito atlético e rápido são pontos fundamentais para que seja visto como um jogador de potencial. No entanto, ainda é cru em todos os aspectos. Tem boa intuição nas rotas e sabe usar a velocidade, mas ainda tem que vender melhor movimentos e adicionar ao repertório técnico, principalmente na saída da linha de scrimmage, já que quase não enfrentou press. As mãos são boas, seguras e de técnica confiável. Não é alguém que vai vencer disputas pela bola no ar. Todavia, quando realiza a recepção é ótimo em tirar ângulos de defensores e desviar de tackles. Caso caia nas mãos de uma boa mente ofensiva, tem tudo para ser uma arma muito interessante, com habilidade para fazer estragos de diferentes formas e ainda com espaço para crescer em termos de refino.
10 — Donovan Peoples-Jones — WR — Michigan
Peoples-Jones é um excelente atleta que pouco produziu ao longo do período em Michigan. A questão é que grande parte dos números mais contidos se deve ao terrível QB que teve ao seu lado. Tem um bom tamanho para a posição, com muitas qualidades atléticas. Isto é visível na habilidade de buscar bolas longe do corpo e subir para pegar passes mais altos. Mãos confiáveis, com poucos erros na conta. Jogou muitos snaps no slot, o que limitou seu desenvolvimento para lidar com press. As rotas são sólidas, com movimentos explosivos e bom uso de fisicalidade para disputar posições. Também tem alguma qualidade com a bola nas mãos, principalmente quando tem um pouco mais de espaço para acelerar. Isto tudo mostra que se trata e um jogador sólido, com um teto interessante para evoluir e que tem tudo para ser melhor como profissional do que na universidade.
11 — Bryan Edwards — WR — South Carolina
Edwards é o próximo WR de bom nível a sair de South Carolina. Todavia, tem nada a ver com Deebo Samuel. É um recebedor alto, forte e com algumas limitações atléticas, sobretudo em termos de velocidade. A maior parte de suas rotas foram executadas em profundidade, com boa atenção aos detalhes e trabalho constante para conquistar separação ao longo da rota. Também enfrentou press com alguma frequência e mostrou a habilidade física e a técnica necessárias para escapar da linha de scrimmage. Ainda pode adicionar ao repertório e crescer em termos de refino. Destaca-se pela agressividade para vencer disputas físicas com a bola no ar. Não desiste de uma jogada sequer e tem ótimo timing para saltar, mãos firmes para suportar o contato e sabe utilizar o corpo como escudo para tirar o ângulo dos defensores para que não possam atrapalhar na jogada. Não é um diferencial após a recepção. Quebra tackles com força e dedicação, mas não é criativo nem escorregadio. Pode se tornar um bom recebedor de posse, um alvo de confiança em terceiras descidas e um eventual Z de qualidade caso evolua em alguns aspectos.
12 — Devin Duvernay — WR — Texas
Depois de passar três anos sem destaque, Duvernay explodiu em 2019, com 106 recepções, 1386 jardas e 9 TDs. Ele chegou a estes números justamente por se tornar um alvo de confiança. Isto veio por conta das mãos excelentes, com poucos erros mentais e técnica muito bem executada. É um jogador de tamanho adequado para posição e bastante rápido, que pode transformar qualquer toque na bola em um grande ganho. No entanto, precisa ampliar o arsenal técnico nas rotas e no momento de gerar separação. Consegue ser efetivo quando trabalha em linha reta e precisa apenas travar o movimento ou acelerar. Por outro lado, tem dificuldades ao realizar quebras, uma vez que perde muita velocidade e dá espaço para que os defensores se recuperem. Com isso, pode ser projetado para um papel exclusivo no slot, com a chance de ganhar atenção por ser muito confiável, mas tendo que evoluir para gerar janelas mais consistentes.
13 — Denzel Mims — WR — Baylor
Mims é um recebedor com o protótipo físico de um alvo principal na NFL. Usa o atleticismo para conseguir separação e a ótima envergadura para buscar bolas mal colocadas. Entretanto, não é habilidoso nas rotas e muitas vezes depende do tamanho para conseguir as vitórias. Também não teve que desenvolver uma variedade grande de jogadas, o que lhe deixa um passo atrás em termos de evolução. É um WR que vencerá em jogadas contestadas, pode causar algum estrago com a bola nas mãos, mas não irá gerar grandes janelas para seus QBs. De qualquer forma, tem algum espaço para crescer e seu potencial é muito alto.
14 — KJ Hamler — WR — Penn State
Hamler foi o principal alvo em Penn State em 2019. Um recebedor de proporções físicas menores que o ideal, ele vence com base na velocidade e habilidade de gerar separação. As rotas são esforçadas, com fluidez e movimentos constantes para buscar a maior janela possível. Também é rápido para atacar em profundidade e tomar bons ângulos que eliminam defensores das jogadas. Por outro lado, pouco consegue fazer quando recebe contato, o que deve lhe tornar um jogador de slot quase que exclusivamente. Tem alguma dificuldade na hora de executar as recepções, faltando proatividade e com inconsistências na hora de concluir o ato. Quando tem a bola nas mãos, não é capaz de vencer tackles com base na força, mas é escorregadio, explosivo e veloz, o que se prova uma combinação letal. No fim das contas, será uma arma de campo aberto, que terá algumas falhas frustrantes, mas conseguirá espaços para que seu QB acerte os passes.
15 — Chase Claypool — WR — Notre Dame
Claypool ganhou espaço aos poucos no ataque de Notre Dame. A cada temporada subiu um degrau e aumentou a participação e produção. É um recebedor grande e forte, com tamanho até maior do que a média para a posição. Seu desempenho no Combine foi superior ao que mostrou em campo, o que pode mostrar que tem espaço para evoluir. Ele usa bem a força para vencer batalhas, seja para conquistar separação ou na briga por espaços para buscar passes mal colocados. As rotas precisam de muito refino, com pouca fluidez nas quebras. Tem uma velocidade crescente que pode surpreender defensores em jogadas verticais, mas não vende os movimentos tão bem. As mãos são apenas medianas, com uma envergadura que acaba subaproveitada e uma quantidade não desprezível de drops. Assim, é um jogador que pode surpreender e evoluir na NFL, com potencial para ser usado pelos flancos. Algum time também pode aproveitar seu tamanho e testar uma conversão para TE.
16 — Tyler Johnson — WR — Minnesota
Johnson teve um processo pré-Draft curioso. Não foi convidado para o Senior Bowl, recusou participar do Shrine Bowl e não participou do Combine. Além disso, viu seu Pro Day ser cancelado por causa do coronavírus. Alvo de muita qualidade nos dois últimos anos, produziu bem em diversas fases do jogo. Tem bom tamanho, mas está abaixo do ideal atleticamente. Combate o contato na saída com um trabalho de mãos adequado, mas pode mostrar um pouco mais de urgência. Consegue fazer quebras nas rotas com eficiência para gerar separação. Altera o ritmo das passadas para se desvencilhar da marcação. Ainda pode mostrar mais nuance. Seu tempo para saltar e buscar a bola no ar parece inconsistente. No entanto, exibe boa concentração para encontrar passes por cima do ombro e próximos da lateral. Os grandes problemas do seu jogo estão na velocidade que dificulta a separação vertical e as mãos que falham constantemente, além de não se destacar depois da recepção. Assim, acaba projetando como um recebedor de slot, que pode ser um alvo interessante caso melhore a consistência na técnica para receber passes.
Notas de Dia 3
17 — Michael Pittman — WR — USC
Pittman foi um dos melhores WRs da temporada de 2019. Foram 101 recepções, 1275 jardas e 11 TDs como peça fundamental do ataque de USC. Sua grande arma está nas mãos seguras e na habilidade de encontrar a bola no alto e executar jogadas contestadas. É um jogador de tamanho ideal para atuar pelos flancos, bastante físico, mas com atleticismo limitado. Reconhece quando o QB precisa de ajudar e ajusta sua posição para tentar gerar uma janela. Não corre as melhores rotas, com dificuldades para manter a velocidade em quebras ou em gerar separação a partir de movimentos em falso. Foi bem contra press, no geral, mas precisa melhorar contra marcações mais afastadas. Depois da recepção, quebra alguns tackles na força, mas pouco faz além disso. É um recebedor com forças e fraquezas claras, que pode ajudar principalmente na red zone no começo da carreira, enquanto busca evoluir nas rotas para participar com maior efetividade na rotação.
18 — James Proche — WR — SMU
Proche foi muito produtivo na carreira em SMU. Acumulou quase 4000 jardas e 40 TDs em 300 recepções, com melhorias constantes. É baixo e leve para a posição, além de não se destacar atleticamente. Corre uma variedade razoável de rotas e mostra uma fluidez acima da média, mas precisa adquirir alguma explosão em termos de separação. Tem dificuldades contra defensores que são mais físicos no topo das rotas. É bastante elusivo com a bola nas mãos, capaz de causar algum estrago em screens. Tem boa visão em campo aberto e realiza cortes agudos sem problemas. Mãos sólidas, com amplo volume de repetições até agora. Não é o melhor em bolas contestadas, com dificuldades para posicionar o corpo e vencer a batalha física pela bola. Consegue fazer alguns ajustes já no ar e recepções mirabolantes, mas isto não acontece com a frequência desejada, muito por conta da altura.
19 — Van Jefferson — WR — Florida
Após ficar escondido em um grupo de WRs muito forte em Ole Miss, Jefferson se transferiu para Florida, onde teve mais espaço. Entretanto, isto não necessariamente se traduziu em números expressivos, já que não passou das 700 jardas em nenhuma temporada da carreira. É um jogador de técnica refinada nas rotas. Vende bem as jogadas, tem algum arsenal para sair da linha de scrimmage, realiza movimentos ágeis e ataca pontos cegos dos marcadores. No entanto, é pouco físico e deixa o contato lhe atrapalhar com frequência. Também não é dos mais rápidos ou explosivos, o que lhe torna uma arma limitada em profundidade ou com a bola nas mãos. Também tem alguns problemas com drops. Esta combinação lhe torna um prospecto de teto baixo, que pode se consolidar como alguém que irá gerar separação consistente se tiver uma saída limpa e que será um recebedor de posse na NFL.
20 — Antonio Gandy-Golden — WR — Liberty
Gandy-Golden vem de uma universidade menor e fez exatamente o que devia nesse nível de competição: dominou. Com produção muito boa ao longo dos dois anos em que teve destaque, chamou a atenção da NFL. O problema é que não dos recebedores mais atléticos. A maior parte de suas jogadas impressionante veio em bolas contestadas. Impressionam as habilidades de buscar o passe em seu ponto mais alto, lidar com jogadores em volta, contorcer o corpo e ainda ter mãos firmes para completar o ato da recepção. Todavia, essas situações se apresentavam muitas vezes porque seu trabalho de rotas não tem o refino desejado, com pouca atenção ao detalhe e sem muita qualidade natural no quesito. Também sofre com defensores mais físicos, o que não deveria ser um empecilho, já que é um jogador bem forte. As jardas conquistadas depois da recepção normalmente vêm do esforço e da força ao invés da explosão ou de algum traço elusivo. Sua árvore de rotas foi bastante limitada e tinha muitos padrões verticais, sendo que não é dos mais rápidos. No fim das contas, tem um espaço limitado para contribuir, como um WR de posse, que vence por ser um alvo seguro, capaz de vencer mesmo sem ter muita separação e que pode ser uma arma de red zone.